Ao externar apoio à candidatura de Pedro Ferreira (de Jauru) na disputa pela presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o prefeito Wilson Santos (PSDB) condiciou o seu respaldo político a uma postura de independência da entidade, especialmente com relação ao governo do Estado, e condenou o atrelamento político.

"Não podemos aceitar que projetos pessoais sejam colocados na frente do interesse coletivo. Temos que adotar uma postura mais independente", ponderou o prefeito ao tecer críticas ao atual presidente da AMM, o ex-prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos, o Cidinho.

Segundo o prefeito de Cuiabá, não pode haver qualquer tipo de atrelamento político. Para sustentar sua tese, Wilson Santos citou o exemplo do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), cuja arrecadação deveria ser dividida com os municípios.

"Quando houve a reeleição, quem se reelegeu assumiu o compromisso de repassar 50% do Fethab para os municípios, mas essa promessa não foi cumprida", lembrou Santos, em referência ao descumprimento de um acordo com os prefeitos por parte do governador Blairo Maggi, embora ele tenha evitada citar o nome do chefe do executivo estadual.

Santos enfatizou ainda que, com o descumprimento do acordo, o deputado José Riva (PP)  apresentou um projeto de lei garantindo o repasse dos 50% do Fethab para os municípios, "mas o próprio presidente da AMM pediu que a proposta fosse rejeitada". 

"Esse é um tipo de postura e de atrelamento que não podemos aceitar mais", salientou o prefeito tucano para prefeitos da baixada cuiabana e de outras regiões do Estado, durante encontro com Pedro Ferreira.

O prefeito de Cuiabá criticou também o fato de Cidinho ser presidente da Associação e ao mesmo tempo fazer parte do staff do governador Blairo Maggi (PR).

"Cidinho não pode ser secretário do Estado. Há momentos que há conflito entre a AMM e o governo estadual, e aí, de que lado que ele vai ficar? ", frisou o tucano.