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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Agronegócios

Pesquisadores alertam sobre o uso intensivo do solo para cultura do feijoeiro

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), José Geraldo Di Stefano, juntamente com o pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Valter Martins de Almeida, desenvolvem pesquisas para o melhoramento da cultura do feijão no Estado de Mato Grosso. No final de 2008, detectaram no município de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), o nematóide das lesões (Pratylenchus branchyurus). Doença que interfere na absorção dos nutrientes da planta e causa lesões radiculares, danificando o desenvolvimento da cultura do feijoeiro e de outras culturas.


O uso intensivo do solo pode trazer a doença. Martins explica que a sucessão de culturas durante um período predispõe um maior número de hospedeiro ao nematóide tais como: plantas daninhas, ornamentais, hortaliças, essências florestais e culturas anuais e perenes. Os pesquisadores estão atuando nos municípios produtores de feijão em Sorriso, Primavera do Leste, Campo Verde, região de Juína e outros.

Valter, que trabalha há mais de 20 anos com a cultura do feijão apresentou os resultados de pesquisas e juntamente com pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão recomendaram mais de 12 cultivares de feijoeiro para o Estado de Mato Grosso. Conforme o pesquisador, ainda em 2009, poderá ocorrer o lançamento de novas cultivares tais como: BRS 7762 Supremo, BRS Horizonte, BRS Grafite, BRS 9435 Cometa e BRS Radiante.

O Estado possui uma área plantada de 50 mil hectares de feijão, com uma produção que atinge mais de 89 mil toneladas por ano e uma produtividade de 1.782 quilos por hectare. Hoje o Estado ocupa o 12º lugar no ranking nacional e produz 57% do feijoeiro comum e 43% do feijão caupi (muito utilizado no Nordeste).

Apesar das pesquisas e dos materiais genéticos oferecidos aos produtores, uma variedade apelidada de branquinho, de procedência desconhecida, está sendo utilizada pelos agricultores. Segundo Martins, esse material genético tem apresentado algumas vantagens: demora mais tempo para escurecer os grãos e maior tolerância ao calor. A desvantagem do material genético é sua suscetibilidade à doença mancha-angular que causa diminuição da área foliar para realização da fotossíntese, ou seja, diminuição da produção de grãos.

Mato Grosso tem uma área considerada pequena para produção de feijão e grande parte dos produtores utilizam tecnologia avançada. O trabalho dos pesquisadores José Geraldo e Valter é prestar assistência técnica mais de perto aos produtores e também conhecerem melhor o branquinho que está sendo utilizado pelo grande produtor. O trabalho de pesquisa está sendo desenvolvido nos campos experimentais da Empaer em Sinop, Tangará da Serra, São José dos Quatro Marcos, Cáceres e parceria com produtores. Ênfase também será dada a agricultura familiar em Querência do Norte e região de Juína.


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