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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Cidades

Abordagem Solidária atendeu 1.010 pessoas no ano passado

O Programa Abordagem Solidária atendeu 1.010 pessoas entre janeiro e dezembro do ano passado. Ao todo, 943 homens e 67 mulheres, das mais variadas faixas etárias, sendo 52% - ou 525 – em trânsito por Cuiabá; 30% - ou 303 - usuários de álcool e 9% - 90 - apenas de drogas; 6% vieram em busca de tratamento médico e 3% estavam perdidas da família. Mais da metade dos assistidos veio de municípios de Mato Grosso, a maioria da região de Rondonópolis. Os demais chegaram de diversos Estados, com destaque para Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Mato Grosso do Sul.


O coordenador Henrique Silva explica que a maioria busca emprego, mas quando há dificuldades acaba se tornando morador de rua. Agindo "espertamente" algumas cidades, para se livrar deles compram passagem até Cuiabá, para que o problema seja resolvido aqui. Por mês, pelo menos 84 pessoas acabam abrigadas na instituição de apoio da prefeitura municipal. Se levada em consideração o Albergue Municipal e a Casa de Apoio Missão Atalaias, o número de atendidos pode chegar a 180. "Na instituição, ele ou ela recebe total assistência, mas há casos em que o morador de rua não quer ficar e não podemos obrigá-lo".


O balanço comparativo os dois últimos anos aponta redução no número de atendimentos, que no mesmo período de 2007, foi de 1.090 pessoas, sendo 993 homens e 97 mulheres. Desse total, 54% de Mato Grosso. Nessa época, a quantidade de mendigos e pedintes era um pouco maior. A constatação também pode ser observada a partir da checagem do número de denúncias feitas ao telefone social (0800 602-1234) que caiu de 4.768, em 2007, para 3.238, no ano passado.


A maioria das ligações se referiu a reclamação de pessoas caídas na rua, embriagadas e/ou que dormiam em lugares públicos. Também houve reclamação de pessoas pedindo dinheiro nos principais cruzamentos. Gente perdida ou que depois de uma bebedeira não voltou para casa. Também de maus-tratos e pedido de ajuda por pessoas que estavam passando mal de saúde, sem ter para onde ir. O contato funciona em regime de plantão em 24h.

Para o braçal Setembrino Augusto Ribeiro, 49, que veio de Paranavaí (PR) há cerca de dois anos em busca de uma oportunidade emprego. Fixou-se em Primavera do Leste, onde trabalhou em algumas fazendas, mas um problema de pele (irisipela) que traz problemas graves de circulação, provocando muitas dores. Há 2 meses ele faz tratamento no Hospital Universitário Júlio Muller e permanece abrigado na casa do Abordagem. "Nem sei o que seria de mim, talvez estaria na rua". A esperança é voltar para casa, onde está a mãe e uma irmã, por enquanto, não pode voltar ao serviço pesado.

Perfil – Mais variado possível. A maioria vem de municípios do interior, alguns de outros Estados e até de países vizinhos, como Bolívia e Paraguai. Há também aqueles que se recusam a abandonar os velhos hábitos, preferindo a liberdade da rua, que permite com que usem álcool, drogas, não cumpram regras de higiene pessoal e nem tenham obrigação de trabalhar. Sujos e maltrapilhos, eles sobrevivem de esmolas. Para tentar reverter essa situação, Silva recomenda à população não oferecer "as moedinhas", prática que estimula à mendicância.

Programa - O "Abordagem Solidária" está instalado numa casa ampla, situada à Avenida Miguel Sutil, bairro Jardim Guanabara, ao lado da Escola do Farina. Tem como objetivo oferecer abrigo aos moradores de rua, pessoas ou famílias em trânsito que não tenham onde ficar. A capacidade hoje é para 120 vagas, incluindo homens, mulheres e casais, que ficam em ambientes diferentes. Contato: (65) 3025-1392




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