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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Cesta básica subiu mais de 20% no ano passado, segundo Dieese

O preço dos alimentos essenciais registrou alta superior a 20% em 2008, em nove das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Dados divulgados hoje (7) pelo Dieese mostram que os maiores aumentos ocorreram em João Pessoa (29,31%); Natal (26,73%); Florianópolis (25,26%) e Fortaleza (24,61%).


As menores elevações foram apuradas em Belém (4,76%); Goiânia (10,61%); São Paulo (11,58%); Belo Horizonte (12,43%) e Aracaju (12,92%).

No mês de dezembro, o preço dos alimentos essenciais subiu nas 17 capitais pesquisadas. Os aumentos mais expressivos ocorreram em João Pessoa (14,71%); Aracaju (7,74%); Natal (7,45%); Porto Alegre (6,64%) e Rio de Janeiro (6,45%). Belém (0,29%); São Paulo (0,35%); Curitiba e Vitória (ambas com 0,61%) tiveram os menores aumentos.

De acordo com a pesquisa, em dezembro houve queda no preço do feijão em todas as capitais analisadas. Em Recife, a queda foi de 35,37%; em Fortaleza 28, de 13%; em Belo Horizonte, de 27,12% e em Salvador, de 26,04%. O preço do arroz caiu em 11 capitais. As maiores baixas ocorreram em Belém (-2,93%); São Paulo (-2,86%); Recife (-2,30%) e Fortaleza (-2,25%). Houve estabilidade em Goiânia e alta em cinco capitais, em especial, Aracaju (6,11%) e Porto Alegre (3,23%).

O óleo, comparado a dezembro de 2007, ficou mais caro nas 16 capitais, com aumentos entre 25% (Curitiba) e 49% (Fortaleza). O preço caiu em 15 capitais, com destaque para Aracaju (-15,58%); Vitória (-9,00%); Brasília (-7,09%) e Rio de Janeiro (-6,89%). Houve alta apenas em Curitiba (0,69%) e Recife (2,65%). Na comparação com dezembro de 2007, constataram-se aumentos em dez capitais. O aumento foi superior a 10% em Florianópolis (11,64%); Fortaleza (11,63%); Salvador (11,45%) e Belo Horizonte (10,04%). Em seis cidades houve recuo, com destaque para Aracaju (-7,54%) e Goiânia (-5,18%).

Em nove capitais, o preço do açúcar caiu em dezembro. Os destaques foram Aracaju (-6,87%), Curitiba (-6,20%) e Salvador (-5,83%). Em Goiânia; Rio de Janeiro; Belo Horizonte e João Pessoa, os preços ficaram estáveis, enquanto São Paulo (0,78%); Natal (1,74%); Manaus (1,98%) e Brasília (2,05%) tiveram aumentos. Na comparação com dezembro de 2007, 13 cidades tiveram alta, destacando-se Natal (19,39%); Florianópolis (19,20%); Recife (16,16%) e Fortaleza (15,46%). Em Vitória, o preço ficou igual ao de dezembro, nos dois anos, enquanto em Belém (-16,56%) e Aracaju (-31,07%), houve retração.

Segundo a pesquisa, o produto que teve os maiores aumentos e foi o responsável pela alta de toda a cesta em dezembro foi o tomate. O coordenador da pesquisa, José Maurício Soares, disse que as altas foram exageradas e ocorreram em todas as capitais, com destaque para João Pessoa (167,84%), Aracaju (135,56%), Recife (120,49%), Natal (100,57%) e Fortaleza (82,95%). Na comparação com dezembro de 2007, as maiores altas foram em João Pessoa (282,72%), Recife (240,51%), Natal (225,00%), Aracaju (181,42%), Fortaleza (172,88%) e Salvador (161,39%).

Soares ressaltou que é difícil fazer previsões para o ano – a expectativa pode ser pessimista, por causa da intensidade das chuvas em diferentes estados, o que pode aumentar o preço de produtos agrícolas.

“Isso porque fortes inundações têm atingido regiões produtoras de alimentos, como Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e estado do Rio de Janeiro. Além disso, o oeste de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul estão enfrentando problemas decorrentes da seca, o que também pode resultar em aumento nos preços desses produtos”, afirmou.
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