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Terça-feira, 16 de abril de 2024

Notícias | Educação

Prova de português manteve tradição da Fuvest, dizem professores

A prova de português da segunda fase da Fuvest realizada neste domingo manteve a tradição da fundação em elaborar provas interpretativas, avaliam professores ouvidos pela Folha Online. Segundo eles, o grau de dificuldade não foi muito diferente do exigido em anos anteriores.


Para Nelson Dutra, professor de português do colégio e do cursinho Objetivo, as questões exigiram uma reflexão do candidato, que não poderiam a se limitar a responder automaticamente. "Não foi uma prova inesperada, mesmo em questões de literatura, pediu questões fundamentais da obra, sem picuinhas", diz o professor. Segundo ele, 40% das 10 questões da prova estavam relacionadas às obras incluídas na bibliografia.

A opinião é a mesma do professor de português Eduardo Calbucci, do Anglo, para quem a Fuvest tem a responsabilidade de pautar o ensino médio do país e corresponde de forma adequada. "Eles estão mais preocupados com a proficiência de escrita e leitura da língua do que memorização de regras", afirma.

A professora Célia Passoni, coordenadora de cursinho do Etapa, afirma não ter considerado a prova difícil, embora também não tenha sido fácil. "Não foi prova difícil, mas também não foi fácil. Foi prova própria para candidato preparado. Não dá margem para o candidato chutar, e isso é muito significativo em uma prova como esta, pois o candidato tem que estar preparado para responder", afirma.

Ela também afirma que a redação exigiu um conhecimento geral do aluno, que precisou ser versátil. "Ele teria que ter o embasamento teórico para fazer a redação, conhecimento em geografia, em história, versatilidade de discutir temas atuais, como a globalização."

Já para a professora de português Elizabeth de Melo Massaranduba, do Objetivo, o tema "fronteiras" proposto pelo vestibular ficou muito abrangente. "O tema foi bastante difícil para o aluno, pois é muito abrangente. Não houve texto de apoio. É um tema em que o aluno pode falar de qualquer coisa, como o conflito em Gaza, conflito de imigrante, das fronteiras da Amazonia, até dos limites na ciência: quais são as fronteiras na ciência", afirma.

Segundo ela, a falta de uma maior especificação do tema prejudicou os alunos. "Quando fica muito abrangente, o aluno, no desespero de mostrar erudição, tece muitas informações e não tece analise critica, o que é exigido pela Fuvest", diz.

2ª fase

As provas da segunda fase da Fuvest que começaram a ser aplicadas neste domingo serão realizados até a próxima quinta-feira.

São 38.606 inscritos --sendo 2.461 treineiros--, que disputam 10.707 vagas --sendo 10.557 para a USP (Universidade de São Paulo), cem para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 50 para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco. 

Os vestibulandos fizeram a prova de português; segunda será a vez de história ou química; terça, geografia ou biologia; quarta, física; e, na quinta-feira, matemática.

Segundo a Fuvest, as provas de habilidades específicas têm o seguinte calendário:

Do dia 6 ao dia 8 - provas específicas de artes cênicas bacharelado e licenciatura;
Dia 7 - prova específica do curso superior do audiovisual;
Dias 8 e 9 - prova específica de arquitetura - FAU;
Dias 8 e 9 - prova específica de design - FAU;
Dia 9 - prova específica de arquitetura - São Carlos

O candidato deve levar documento de identidade, lápis, borracha, caneta, água e alimentos leves. Para as provas de matemática, física e química, é necessário levar régua graduada, esquadro, transferidor e compasso. É proibido o uso de celulares, pagers, calculadoras, computadores e aparelhos semelhantes.

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