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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Israel aumenta segurança no país diante de ameaça do Hamas de ''dia de cólera''

O governo israelense aumentou o nível de alerta nacional e ampliou o número de forças de segurança nas ruas de Jerusalém nesta sexta-feira em preparação ao "dia de cólera" convocado pelo movimento radical islâmico Hamas como retaliação à grande ofensiva militar de Israel na faixa de Gaza, que já deixou 420 mortos e 2.180 feridos.


Segundo a rádio Israel, mais de 12 mil membros das forças de segurança foram convocados para garantir a segurança em todo o país e a segurança foi ainda mais reforçada nas maiores cidades e áreas mais populosas ao longo do litoral.

Na Cisjordânia, o ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, declarou toque de recolher geral. Em Jerusalém Oriental, milhares de policiais foram às ruas para evitar distúrbios.

O Hamas, que perdeu nesta quinta-feira (1º) um de seus principais líderes em um bombardeio israelense, publicou um comunicado em seu site pedindo aos palestinos que fossem às ruas "em massa" após as preces muçulmanas de sexta-feira, partindo da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém e de "todas as mesquitas na Cisjordânia", em protesto contra a ofensiva de Israel na faixa de Gaza.

"Chamamos nosso povo e os grupos de resistência, junto a todas as brigadas al-Qassam [braços militares do Hamas], para se vingarem pelo sangue do líder e martír Nizar Rayan, assim como o sangue dos mártires de nosso povo", disse um dos líderes do Hamas, Ismail Redwan, em uma transmissão na rede Al-Aqsa. Rayan, representante da linha mais radical do Hamas, foi morto ontem em um bombardeio israelense que matou também um de suas mulheres e nove filhos.

"Mobilizamos milhares de homens para vigiar Jerusalém Oriental e cidades vizinhas a fim de manter a calma", afirmou Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense.

O chefe da polícia dos distritos do nordeste, comandante Shimon Koren, se reuniu nesta quinta-feira (1º) com líderes das comunidades árabes e afirmou que os protestos são permitidos, mas que ataques à polícia não serão tolerados. Os líderes árabes, afirma o jornal israelense "Jerusalem Post", disseram que ajudariam a polícia a conter o público e manter a paz na região.

Para evitar confrontos com civis --que ampliaria a pressão internacional por um cessar-fogo humanitário--, a polícia israelense limitará as preces na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islã, apenas para os palestinos que possuam carteira de identidade israelense e com mais de 50 anos.

Com temor de confrontos por causa da ofensiva em Gaza, as Forças de Defesa israelenses cancelaram todos os jogos de futebol entre times judeus e árabes marcados para o fim de semana, embora a Associação de Futebol de Israel tenha pedido que os jogos prosseguissem.

Ataques

Mesmo diante da ameaça do Hamas, Israel mantém o bombardeio a Gaza na manhã desta sexta-feira pelo sétimo dia consecutivo. As autoridades israelenses permitiram a saída de Gaza de palestinos com dupla nacionalidade e passaportes estrangeiros, pela passagem fronteiriça de Erez, o que foi interpretado por parte da imprensa como um indício de que a incursão de tropas terrestres poderia estar próxima.

Ao longo da noite e da manhã, o Exército israelense realizou mais de 20 ataques em Gaza, informou um porta-voz militar. Entre os alvos atingidos está uma mesquita da localidade de Jabalia, no norte de Gaza, que, segundo o Exército, o Hamas usava como centro de operações e local de armazenamento de mísseis Grad e outras armas.

O bombardeio contra o templo e as explosões secundárias causadas com a explosão dos mísseis provocaram um enorme incêndio e, segundo fontes palestinas, o ataque deixou ao menos uma pessoas morta.

Outros alvos atingidos nos ataques desta sexta-feira foram um veículo que transportava mísseis antiaéreos, escritórios do Hamas, um túnel usado para trazer material do Egito, vários depósitos de armas, plataformas de lançamento de foguetes e outras "instalações terroristas", informou o porta-voz militar.

Durante a noite as milícias palestinas não lançaram foguetes contra território israelense, mas ao longo da manhã conseguiram lançar uma dezena de foguetes Grad contra as áreas de Ashkelon e Sderot, um dos quais feriu uma pessoa.

Desde sábado (27), Israel comanda uma operação militar na faixa de Gaza com bombardeios que atingiram diversos pontos vinculados ao Hamas, como ministérios, casas de ativistas, delegacias, mesquitas, a sede de uma ONG e edifícios da Universidade Islâmica.

Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

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