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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Israel diz temer legitimar Hamas se aceitar trégua

A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, reiterou em encontro nesta quinta-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a rejeição do governo de seu país à proposta da União Europeia para um cessar-fogo após os seis dias de combates na faixa de Gaza.


Segundo o jornal israelense "Haaretz", Livni disse ao ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, que não se deve conceder ao grupo fundamentalista Hamas a oportunidade de ganhar qualquer tipo de legitimidade com a renovação de uma trégua. Ela acrescentou que, sob a atual ofensiva, o Hamas entende que os israelenses não irão tolerar ataques de foguetes sem responder.

Livni também disse que não há necessidade de trégua porque "não há crise humanitária na faixa [de Gaza]". Ela afirma que Israel tem fornecido ampla ajuda humanitária à região.

Desde sábado (27), Israel comanda uma operação militar na faixa de Gaza. Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação do grupo radical islâmico Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19, quando iniciaram ataques com foguetes ao território israelense. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

A proposta da UE foi feita após uma reunião dos ministros de Relações Exteriores dos países do bloco, em Paris, na terça-feira (30). O grupo pediu, em comunicado, que Israel e Hamas aceitassem a trégua como "uma ação humanitária imediata", destinada a preservar a população de Gaza e a reabertura das passagens entre o território, Egito e Israel.

Diante da grande pressão da comunidade internacional por um cessar-fogo, o primeiro-ministro Ehud Olmert amenizou o tom nesta quinta-feira e afirmou que Israel não tem interesse em uma guerra prolongada na faixa de Gaza. Há apenas dois dias, o primeiro-ministro afirmou que a ofensiva estava apenas na primeira fase.

Nesta quinta-feira, as Forças de Defesa israelenses propuseram ao governo uma ampla, mas breve, ofensiva terrestre na faixa de Gaza. O Exército lançou nesta quinta-feira novos bombardeios contra alvos do movimento islâmico radical Hamas na região, o sexto dia consecutivo da grande ofensiva militar israelense que deixou 400 mortos e 1.700 feridos.
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