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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Israel bombardeia Gaza pelo sexto dia; propostas diplomáticas fracassam

Aviões de Israel bombardearam três prédios governamentais em Gaza, incluindo o Parlamento palestino, e navios abriram fogo contra posições do grupo extremista Hamas nesta quinta-feira (1º), o sexto dia de ataques israelenses na região. Enquanto isso, propostas diplomáticas tiveram resultado praticamente nulo na tentativa de acabar com a violência na região.


Os bombardeios israelenses sobre Gaza tiveram início no sábado (27). A ofensiva começou uma semana depois do fim de uma trégua de seis meses entre Israel e o grupo extremista Hamas, que domina Gaza desde junho de 2007. Os dois lados se acusam de desrespeitar os termos da trégua.

Segundo os hospitais da região, 25 feridos foram retirados hoje de prédios na região. Os aviões também bombardearam passagens subterrâneas na fronteira entre o Egito e Gaza, como parte da estratégia de Israel de fragilizar as ligações do Hamas com o exterior do território.

Segundo oficiais de Gaza, o número de mortos ultrapassa 390 e o de feridos, 1.600. De acordo com o Hamas, 200 membros das forças de segurança do grupo foram mortos --a ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que 60 civis palestinos foram mortos na ofensiva. Em Israel, três civis e um soldado foram mortos por um foguete lançado de Gaza.

Israel enviou mais tropas para a fronteira de Gaza nesta quarta-feira (31), em uma indicação que há preparativos para ataques por terra em uma nova fase da ofensiva.

Hoje, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) concluiu uma reunião de urgência sobre o Oriente Médio sem chegar a um acordo a respeito de um projeto de resolução apresentado pela Líbia, que pedia o fim imediato das operações militares israelenses em território palestino.

O texto apresentado pela delegação líbia em nome dos países árabes foi rejeitado pelas potências ocidentais, que o consideram desequilibrado, por não fazer referência ao Hamas.

'Apelo ao Conselho de Segurança que atue de forma rápida para que não dê espaço a outra Srebenica e Ruanda', disse o embaixador líbio perante a ONU, Giadalla Ettalhi, após apresentar o texto junto às Nações Unidas.

O projeto de resolução pedia o fim imediato das operações militares de Israel na faixa de Gaza, exigia que acabasse o bloqueio ao território palestino e condenava as ações israelenses por considerá-las responsáveis pelo conflito.

'A resolução, tal como a distribuiu a Líbia, não é equilibrada e, portanto, os Estados Unidos não podem aceitá-la', afirmou o embaixador norte-americano perante a ONU, Zalmay Khalilzad, na saída da reunião. O diplomata afirmou que seu país considera que 'somente um enfoque equilibrado do conflito pode facilitar que se chegue a uma resolução'.

'Certamente estamos de acordo sobre um cessar-fogo imediato e isso tem implicações para Israel, mas o que dizemos é que primeiro se deve deixar de disparar foguetes, que é o que gerou essa crise', disse.

O Conselho de Segurança é o órgão da ONU que tem poderes de impor sanções militares, no entanto já era considerada remota qualquer decisão que envolvesse o uso de força contra Israel ou o Hamas, já que cinco países --Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China-- possuem poder de vetar qualquer decisão nesse sentido.

O principal órgão das Nações Unidas já reuniu em caráter de urgência para tratar de Gaza no sábado, quando se iniciaram os ataques israelenses contra Hamas. Na ocasião, os 15 integrantes do Conselho pediram unanimemente a israelenses e ao grupo palestino Hamas a 'cessação imediata' da violência na região, e que se permitisse a provisão de ajuda humanitária a Gaza.

Posteriormente, se uniram a este pedido o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e os demais integrantes do Quarteto para o Oriente Médio: Estados Unidos, Rússia e a União Europeia.

No entanto, o governo israelense rejeitou nesta quarta-feira (31) uma proposta do presidente da França, Nicolas Sarkozy, de declarar uma trégua humanitária de 48 horas para fazer chegar alimentos e remédios à população civil do território palestino.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, afirmou que a organização multilateral se sente 'decepcionada' pela recusa israelense a aceitar uma pausa que alivie a 'alarmante' situação vivida pela população civil palestina em Gaza.

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