O ex-procurador da República em Mato Grosso, Roberto Cavalcanti Batista, está com seus bens sequestrados por decisão da Justiça Federal. Cavalcanti Batista é acusado de defender os interesses de uma empresa privada, a Elma Eletricidade, supostamente do grupo comandado pelo ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro. Não era fortuito, portanto, o relatório da Agência Brasileira de Investigação (Abin) em que João Arcanjo fora citado como o homem mais poderoso de Mato Grosso, em cuja contabilidade estariam até coronéis da Polícia Militar, delegados, políticos e membros do Ministério Público. Ainda bem que Mato Grosso tinha, na época, como contrapartida, dois "loucos" na ativa: o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o procurador da República José Pedro Taques. A dupla Julier-Taques foi quem mandou Arcanjo e sua intrépida trupe para cadeia.