O monopólio exercido pela empresa Real Norte nas linhas de transporte de passageiros está sendo questionado pela população e autoridades de vários municípios do Nortão de Mato Grosso. Esse monopólio está denunciando aos órgãos competentes, como a Agência Reguladoras de Serviços do Estado- Ager-MT.Os documentos foram encaminhados nesta semana à Ager e ao gabinete do governadort Blairo Maggi.
As entidades reclamam do prejuízo causado aos municípios e aos consumidores pelo fato de existir somente uma empresa prestando este serviço, o que os obriga a conviver com as deficiências do atendimento da Real Norte.Uniram-se no movimento as prefeituras, Câmaras Municipais, associações comerciais, Rotarys, Lions Clubes e lojas Maçônicas dos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Nova Santa Helena, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte e Novo Mundo.
Ônibus antigos, falhas no ar condicionado e atrasos estão entre as reclamações mais constantes. Os integrantes do movimento apontam ainda que o contrato da Real Norte está vencido, o que torna a situação irregular. Eles argumentam que a falha no transporte está comprometendo o desenvolvimento da região Norte.
Até algum tempo atrás, uma outra empresa, também operava na região Norte. No entanto, uma ação judicial retirou a Satélite da operacionalização das linhas, embora,segundo informações, estaria com contrato ainda vigente. Com a ação, ficou somente a Real Norte, instaurando assim o monopólio.Elas acionaram a Agência Reguladora de Serviços do Estado (Ager-MT) e também levaram a reclamação até o gabinete do governador Blairo Maggi, solicitando providências. A exigência é de que seja aberto processo licitatório para a contratação de outras empresas de transporte, estimulando a concorrência e, consequentemente, melhorando os serviços.
Em outros municípios, como Guarantã do Norte, por exemplo, além de reclamar da precariedade do serviço prestado pela Real Norte, eles pedem mais de uma empresa que faça a ligação direta entre o município e Cuiabá.
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino José Franz, salienta a necessidade da entrada de novas empresas no ramo para atender à demanda do município, que cresce com a implantação de novas indústrias e o desenvolvimento local é acelerado. Segundo ele, é “necessário viabilizar cada vez mais novas empresas de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, que façam a ligação de nossa cidade a Cuiabá, uma vez que a concorrência entre empresas do mesmo ramo e que prestem o mesmo tipo de serviço sempre traz imensos benefícios à população”.
