O delegado de Chapada dos Guimarães, João Bosco, vai ouvir na próxima semana, alguns familiares da jovem Eiko Nayara Uemura (23), que foi encontrada nesta quarta-feira, no Portão do Inferno, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Ela é sobrinha do empresário do ramo de hortifrutigranjeiro, Júlio Uemura, que está preso acusado de chefiar uma quadrilha especializada em dar golpes financeiros em Mato Grosso.

O delegado disse ao site Olhar Direto, que recebeu o laudo da necropsia preliminar constatando que a garota não teve nenhuma lesão anterior a queda, sinalizando que a causa da morte foi suicídio. Eiko está na lista das 30 pessoas denunciadas na “Operação Gafanhoto”, deflagrada em março, pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e que culminou na prisão de Uemura.

Bosco disse que até o momento, não será necessário realizar audiência com Uemura. Apesar de não saber ao certo o que poderia ter levado a jovem a se matar. Informações que transitam no meio familiar é de que ela estaria sendo pressionada pelo envolvimento no esquema liderado pelo tio. Ela era proprietária de algumas empresas fantasmas e não suportando a situação, decidiu pelo próprio fim.

O delegado contou que Eiko estava em um carro Peugeot, de cor prata. O veículo ficou estacionado próximo ao abismo e no banco de passageiro, a polícia encontrou dois bilhetes. Um, era direcionado para a tia e o outro bilhete para a amiga.

Equipes do Corpo de Bombeiros demoraram algumas horas para retirar o corpo da vítima. O pai de Eiko acompanhou toda a ação no local.


Leia também:

Corpo de garota é retirado por bombeiros do Portão do Inferno