O Partido Verde (PV) deverá ingressar com medidas administrativas e/ou judiciais na tentativa de impedir que o suplente de deputado estadual Mário Lúcio (PMDB) assuma uma cadeira na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, segundo informaram fontes da agremiação ambientalista para o Olhar Direto.

Mário Lúcio é considerado um "infiel" porque trocou o PV pelo PMDB. "A vaga é da coligação e do partido, menos do Mário Lúcio", declarou uma segunda fonte do PV segundo a qual a medida contra a posse será interposta amanhã. 

Ex-vereador por Cuiabá, Mário Lúcio deverá assumir a vaga da deputada estadual Vilma Moreira (PSB), cujo pedido de licença para tratamento médico foi protocolado na semana passada. O peemedebista deve ser empossado na quarta-feira (25).

Acontece que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou improcedente a ação de infidelidade partidária contra Mário Lúcio, que foi movida pelo Ministério Público Eleitoral em 2007. Na época o peemedebista atuava na Câmara dos Vereadores de Cuiabá e se manteve no cargo. Com relação a nova ação, o TRE terá que aguardar para analisar a medida judicial.

Segundo Mário Lúcio, a saída do PV ocorreu em dezembro de 2006, sendo que a lei começou a valer em março de 2007, portanto está tranquilo com relação a ação e admite que já esperava tal ação por parte do antigo partido. 

Mário Lúcio informou ainda que a mudança ocorreu em função da decisão da Executiva Nacional ter se aliado ao PSDB na eleição de 2006. No entanto, o PV, em nível estadual, apoiava o governador Blairo Maggi (PR). Como não aceitou a imposição do partido, Mario Lúcio migrou para o PMDB. 

O deputado eleito pela coligação foi Chico Galindo (PTB), que deixou a vaga para a deputada Vilma Moreira (PSB). Pela ordem, com a licença da socialista o cargo iria para Manoel José da Silva (PR), o Branquinho, porém ele foi eleito vice-prefeito em Nova Xavantina e não poderá assumir, deixando o lugar para o ex-vereador Mário Lúcio.

Atualizada às 17h09/Segunda atualização às 18h13