A Polícia Militar finalizou a sindicância aberta contra o vereador de Cuiabá Ralf Leite (PRTB), para investigar as denúncias de extorsão contra policiais, e concluiu que não foi encontrada nenhuma evidência sobre as acusações. O presidente da sindicância, tenente-coronel Wilson Batista, denunciou o vereador por calúnia e o relatório foi encaminhado para o Ministério Público Estadual.

As acusações partiram de Ralf Leite, após ele ser pego com um travesti de 17 anos de idade, no bairro Jardim Potiguar, região do Zero KM, em Várzea Grande, no dia seis de fevereiro. Ele foi preso pelos policiais e encaminhado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania do Parque do Lago. Lá, o vereador afirmou que teria sido vítima de uma tentativa de extorsão, no valor de R$ 600, cobrado por dois policiais envolvidos na ação.

A sindicância foi finalizada ontem, e encaminhada pelo comandante regional II, coronel Joelson Geraldo Sampaio, para a Corregedoria Militar e para o MP. O vereador não compareceu na audiência marcada para prestar depoimento à sindicância e foi único não ouvido no processo administrativo.

Ao todo, nove pessoas, o menor travesti que estava em companhia do vereador, os policiais que o prenderam, um tenente que participava da operação e um major. 

O advogado do vereador, Alfredo Gonzaga, disse que ainda não recebeu o relatório e prefere não se manifestar sobre o assunto.

Outro 

O vereador também aguarda o parecer da Comissão de Ética, instaurado na Câmara Municipal e que apura a quebra ou não de decoro parlamentar. O presidente da Comissão, vereador Everton Pop afirma que nos próximos dias deverá divulgar a conclusão do relatório em que poderão pedir a cassação do mandato de Ralf.