A sindicância da Polícia Militar, que investiga as denúncias feitas pelo vereador de Cuiabá, Ralf Leite (PRTB), envolvido em um escândalo sexual com um travesti de 17 anos, de que teria sido vítima de extorsão praticada por policiais será concluída na somente amanhã. A data prevista era hoje, no entanto, o presidente da Sindicância, tenente-coronel Wilson Batista, está realizando a análise do relatório mesmo sem o depoimento do vereador, que não compareceu a audiência marcada na última sexta-feira (13). 

Ao invés de prestar esclarecimento, Ralf mandou através de seus advogados, um documento onde argumenta ser desnecessária a audiência, uma vez que já é investigado na Câmara Municipal pela Comissão de Ética e apresentou defesa sobre o mesmo assunto. 

Tanto na sindicância aberta pela PM, quanto na Comissão de Ética da Câmara, os policiais negaram a versão de Ralf. Ao contrário, disseram que o vereador tentou suborná-los para não levá-lo preso. 

Na sindicância já foram ouvidos, o menor travesti que estava em companhia do vereador, os policiais que o prenderam, um tenente que participava da operação e um major do comando Regional da PM, em Várzea Grande. 

Comissão 

No processo instaurado na Câmara de Municipal pela Comissão de Ética para investigar a quebra de decoro parlamentar contra Ralf Leite, os três vereadores Everton Pop (presidente), Domingos Sávio (relator) e Advair Cabral (membro) confirmaram que, no prazo máximo de 15 dias deverá ficar pronto o relatório em que pedirão, ou não, a cassação do parlamentar.