Na tentativa de reverter a decisão do legislativo cuiabano em arquivar os cinco pedidos de cassação contra o ex-presidente, Lutero Ponce (PMDB), a da ONG Moral (Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania) iniciou hoje uma campanha com a intenção de incentivar a população a pedirem o mandato do vereador. Os coordenadores da Ong estiveram nesta quinta-feira, na Câmara Municipal, e apresentaram pelo menos 20 pedidos já protocolados na Casa de Leis.
De acordo com Gilmar Brunetto, membro da Ong, as denúncias de que o vereador teria causado um rombo de mais de R$ 3 milhões não podem cair no “esquecimento”. Dessa forma, a coordenadoria pretende coletar inúmeras assinaturas para apresentar ao presidente da Mesa Diretora, Deucimar Silva (PP), responsável por contratar uma empresa para a auditoria, que revelou o suposto desvio.
Apesar da campanha não ter data para terminar, entre as assinaturas está a o ex-vereador Eronides Dias da Luz, mais conhecido como Nona (PDT), como presidentes de associações de diversos bairros da capital. A Ong Moral pretende permanecer com a campanha até que os vereadores revejam a decisão de não criar a Comissão Processante.
Por 8 votos a 7, o legislativo cuiabano decidiu não investigar as contas de Lutero Ponce, do último ano, a qual a auditoria apontou que o montante se refere a superfaturamentos, negligência no uso de verbas indenizatórias, licitações vencidas por quatro empresas, consideradas de fachada.
Sem valia
No entanto, o presidente da Mesa, Deucimar Silva, avalia que as assinaturas não teriam total validade, já que se refere ao mesmo objeto apreciado pelos vereadores. Para ele, seria necessário fatos novos para nova análise.
Decepcionado com a derrota no embate declarado contra o peemedebista, Deucimar critica ainda a ausência do Movimento na data em que o assunto foi debatido em Plenário. “Eles perderam a grande oportunidade de cobrarem aquilo que eles mesmos criticam. A informação que recebi é de que os membros teriam ido à Brasília, mas será que era mais importante do que estarem aqui?”, indagou durante entrevista.
