Dama, dominó e os moribundos Dama lá. Dominó cá. Moribundos além da Grande Cuiabá. Hora do blábláblá. Minuto da fronha no travesseiro mais do que emplumado. Segundo turno diante de mais de um pleito pesquisado. Licenciados, bacharelados, mestrados e doutorados na engenhosa arte do poder pelo Poder institucional. Diplomados na artimanha da rasteira eleitoral. Candidaturas desconcertantes. Postulantes distantes do cotidiano preterido pela falsa democracia. Agonia cidadã sem qualquer alopatia. Boticário estabelecido além de uma periferia. Barriga cada vez mais vazia. Enfermidade cada vez mais sem solução. Estado Federado campeão na safra do mesmo grão. Estado loteado na loteria do milhão. Cidades em agonia no quesito administração. Cidades sem muro e sem qualquer portão erguido contra a violência em causa e efeito mais do que questionados pelo público pagante. Farsas e farpas em terra sem qualquer gigante. Cascalhos negociados como o último diamante. Seixos rolados entre as pepitas de uma novel escavação. Mobilidade urbana de bengala nas obras margeadas pela já precária inovação. Propostas políticas deficitárias reproduzidas sem qualquer parâmetro inerente à ordem legal. Mais de um chapeuzinho vermelho e o mesmo lobo mau. Mais de um coelho roedor disfarçado de lebre nas urnas das cartolas nem tão mágicas assim. Estórias sem princípio e sem meio contadas pelo mesmo fim. Memória de quem leu e nunca aplaudiu. Vitória de quem venceu e nunca construiu. Quem nos iludiu? Quem nos ludibria? Quem merece o codinome de estrela guia? Fanfarra ou demagogia em pleno vapor? Balanço de pneu ou gangorra movida pelo voto sem interlocutor? Santinhos numerados ou patinho feio com ares de cisne promissor? Dama, dominó ou duelo de titãs? Dama, dominó ou disputas vãs? Dama, dominó ou moribundos sem clãs? Você escolherá, a maioria elegerá. Lá e cá. Assim será! Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com