Duas pessoas foram presas e outras duas estão foragidas na Operação Saisine, desencadeada na manhã de hoje, com o objetivo de desarticulação de uma organização criminosa instalada na fronteira Brasil – Paraguai. Um acusado foi preso em Cuiabá e outro em Cáceres. Nenhum bem ou dinheiro foi apreendido.
O esquema consistia no transporte aéreo de cocaína da fronteira do Brasil com o Paraguai. A droga era transportada em aviões da região de Cáceres até a fronteira sul-mato-grossense, que servia de entreposto. Daí em diante, seguia por via terrestre aos grandes centros de consumo, como São Paulo (SP), Atibaia (SP), Curitiba (PR) e Juiz de Fora (MG), cidade estrategicamente posicionada entre os maiores mercados consumidores do País.
A investigação foi feita pela Polícia Federal em Dourados e teve início no mês de janeiro após a morte de José Elias Fernandes do Amaral, o Bagual, braço-direito do traficante Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Após a prisão de Beira-Mar, Bagual seria um dos principais fornecedores de cocaína da fronteira do Brasil com o Paraguai.
Durante as investigações foram presas cerca de 10 membros da organização criminosa e apreendidos mais de 100 quilos de cocaína. Com a operação de hoje, a Polícia Federal desmantelou a quadrilha com o cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Caarapó/MS, Dourados/MS, Naviraí/MS, Ponta Porã/MS, Cáceres/MT, Curitiba/PR, Atibaia/SP e Socorro/SP.
Além dos chefes da organização criminosa, ainda foram presos os principais fornecedores e compradores da cocaína comercializada pelo núcleo da quadrilha. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Estadual de Caarapó/MS.
Com a morte de Bagual, toda a estrutura logística do tráfico foi imediatamente transmitida aos seus sucessores no comando do tráfico, surgindo daí o nome dado à operação, que significa a transmissão instantânea da herança e, nesse caso, a maior herança transmitida foi a logística criminosa montada por Bagual.
Na semana passada, a PF de Mato Grosso desencadeou a Operação Fronteira, também de combate ao tráfico e prendeu membros de um grupo ligado ao Primeiro Comando da Capital, responsável por levar a cocaína da Bolívia para Zona Leste de São Paulo.
