Os trabalhadores de Previdência Social de Mato Grosso se reuniram, no início da tarde de hoje, para decidir se entrariam em greve. A assembleia, realizada no 17° andar do prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), contou com apenas cerca de 30 pessoas, número insuficiente para um posicionamento dos trabalhadores.

Apesar do inexpressivo número de trabalhadores na assembleia, Cleones Ferrinho se disse surpreso com os participantes. Ele acreditava que ninguém compareceria. Favorável à paralisação, Cleone argumentou que é assim que se faz uma greve, aos poucos, realizando assembleias e convocando cada vez mais trabalhadores para a causa.

As principais reivindicações da classe são a manutenção da jornada de trabalho de 30 horas semanais, divididas em dois turnos de seis horas diárias e incorporação da gratificação nos salários.

Outra assembleia foi marcada para a semana que vem, na quinta-feira (25) às 14h30, no mesmo local. Ela servirá para mais debates sobre a entrada dos trabalhadores na greve.


Greve no país

Segundo nota publicada pela Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde Previdência e Assestência Social) os trabalhadores que estão participando da greve vêm sofrendo assédio moral por parte dos gerentes executivos e direção geral do INSS, com ameaças diretas de punição que vão de corte de pontos à descontos salariais

Segundo a Fenasps, 16 Estados mais Distrito Federal aderiram à greve, com os seguintes percentuais de paralisação: Santa Catarina (65%), São Paulo (60%), Paraná (60%), Rio Grande do Sul (65%), Rio Grande do Norte (60% na capital), Piauí (65%), Minas Gerais (70%), Espírito Santo (55%), Rio de Janeiro (70%), Ceará (sem percentual), Pará (70%), Bahia (70%), Mato Grosso do Sul (80%), Paraíba (60%), Maranhão (só na agência Imperatriz), Amazonas (70%) e o Distrito Federal (65%).