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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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sem armas

Sindicalista nega que trabalhadores estivessem armados em conflito

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura de Ribeirão Cascalheira, Ayres José Trevisol, garantiu que os manifestantes envolvidos no confronto com caminhoneiros na quarta-feira (17) não estavam armados, apesar da confirmação por parte do hospital de Ribeirão Cascalheira de que dois caminhoneiros foram baleados durante o conflito na BR-158.


Os motoristas baleados foram identificados como Aroldo Pinheiro Júnior, 30, e Geremias Aniceto de Moraes, 24. Os trabalhadores Abinel José da Costa e Edeoton Rodrigues do Nascimento, o “Melancia”,pai de cinco filhos, acabaram mortos na briga.

O presidente contou que os tiros foram à queima roupa por parte de um caminhoneiro não identificado. “Ele chegou até o protesto e perguntou quem são os líderes? E atirou”, relatou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Ayres contou também que a desapropriação ocorreu por “implicância” do procurador Mário Lúcio Avelar, que propôs uma Ação Civil Pública contra as mais de 1200 famílias assentadas na Fazenda Bordolândia por crimes ambientais. No entanto, o presidente contou que já havia sido feito um acordo entre os líderes do assentamento e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para resolver o problema do passivo ambiental.

O sindicalista revelou também que as famílias foram colocadas no assentamento pelo próprio Incra, já que desde 2005 a fazenda Bordolândia havia sido decretada como terra federal, quando foi dada a emissão de posse, suspensa dois anos depois, porém revogada a decisão. O processo de assentamento também já havia sido aberto.

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) chegou a receber recursos para desenvolver o Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA).

De acordo com Ayres, o pedido de desapropriação de terra foi feito pelo Banco do Brasil que cedeu a terra para a Fetagri. Além das 1200 famílias acampadas, o assentamento recebeu também mais 300 famílias da reserva indígena Maraiwatsede, após um acordo com o Ministério Público Federal.

O presidente contou também que apesar do protesto na BR-158 está ocorrendo desde abril, quando as famílias foram despejadas da fazenda e colocadas às margens da rodovia, a “gota d`água” foi a decisão de arquivar o processo anunciada na terça-feira.

Os trabalhadores interditaram por definitivo a rodovia e ainda queimaram uma ponte que era usada em um desvio, o que revoltou os caminhoneiros e resultou no conflito. Entretanto,, há tempos a situação da Bordolândia já vinha chamando a atenção, principalmente dos deputados Ademir Brunetto (PT) e Adauto de Freitas (PMDB), o Daltinho. No entanto, nada foi feito.

A Polícia Militar chegou ao local do protesto na terça-feira, mas os trabalhadores ameaçaram  sequestrar a viatura. O clima já era tenso e um dia antes os caminhoneiros já preparavam coquetel molotov para atacar, ainda assim, o reforço policial não foi enviado ao local.

Apesar do conflito ter ocorrido por volta das 11h30, somente cerca de cinco horas depois é que a polícia chegou ao local para retirar os corpos. Dias antes, um padre também havia discutido e ido às vias de fato com um dos líderes do movimento. 

BR 158  liberada

Em Bom Jesus do Araguaia, a BR 158, que estava bloqueada no km 340, foi liberada ontem após a realização de uma reunião entre lideres do movimento e representantes do INCRA. Foi agendada uma nova reunião para a próxima segunda-feira ( 22 ) na sede do órgão em Cuiabá. A pista foi liberada e não há previsão de novos bloqueios.




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