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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Sob críticas, Berlusconi diz que italianos gostam dele e que não vai mudar

O multimilionário primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, envolvido em uma série de escândalos sobre sua vida privada, defendeu-se nesta quinta-feira afirmando à imprensa que "os italianos me querem como eu sou, e não vou mudar".


"Sou assim, não vou mudar, os italianos me querem como eu sou, tenho 61% de popularidade", declarou em uma entrevista coletiva."Eles me querem porque eu sou bom, generoso, sincero, leal e cumpro as promessas que faço."

A imagem de Berlusconi foi abalada nos últimos dias, em consequência de denúncias e acusações publicadas na imprensa desde que sua mulher, Veronica Lario, anunciou que pediria o divórcio. O primeiro-ministro italiano protagonizou no último mês vários escândalos, com a divulgação de imagens de festas particulares com prostitutas em suas luxuosas mansões.

A imprensa italiana noticiou desde o início a intenção de Lario de pedir o divórcio de Berlusconi, depois de se mostrar contrária à intenção do premiê de incluir jovens garotas na lista de seu partido, o PDL, para as eleições europeias.

A decisão de pedir o divórcio também foi motivada pelo suposto relacionamento de Berlusconi com a jovem Noemi Letizia, 18. A separação do casal ganhou ares de escândalo desde que a mídia publicou que o premiê havia levado Letizia, então com 17 anos, para sua mansão, na Sardenha, e levado a jovem para férias nos Alpes.

Berlusconi, que é um dos homens mais ricos da Itália, disse que as denúncias são "besteira", alegando tratar-se de um complô de seus inimigos políticos e de "manobras subversivas" planejadas para impedi-lo de governar.

"Não sei o que mais vão inventar, tudo isso será desmentido", afirmou.

A justiça de Bari abriu uma investigação sobre as atividades de dois empresários locais, amigos de Berlusconi, que pagavam belas mulheres para participar das festas do primeiro-ministro, o que pode ser configurado como indução à prostituição.

A promotoria registrou também o depoimento de Patrizia D'Addario, que contou à imprensa ter entregue à justiça duas gravações e vídeos dos encontros. Em um deles é possível ouvir, segundo ela, a voz de Berlusconi dizendo: "Me espere na cama grande".

D'Addario descreve que os vídeos, feitos com um celular, mostram o quarto de uma das mansões, em especial a mesa de cabeceira com uma foto da esposa de Berlusconi.

Na madrugada desta quinta-feira, um incêndio destruiu o carro de Barbara Montereale, de 23 anos, uma das jovens que contaram à imprensa ter participado das festas do chefe de governo, e é considerada testemunha fundamental para o processo aberto em Bari.

No domingo, o jornal "Corriere della Sera" publicou declarações do bispo de Lanciano-Ortona, Carlo Ghidelli críticas a Berlusconi. O sacerdote disse que a Igreja Católica não está disposta a se "calar" diante dos escândalos envolvendo o premiê italiano e exige dele explicações e esclarecimentos "com fatos, e não apenas palavras".

O primeiro-ministro "não deve iludir-se com o silêncio da Igreja. A Igreja não reprova nada nem ninguém, mas é evidente que os bispos têm uma moral específica a defender", disse Ghidelli.
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