A primeira dama do Estado e secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi, em entrevista para o programa Chamada Geral, apresentado pelo radialista Lino Rossi, na Mega FM (95,9 Mhz), declarou que "graças a Deus está muito bem, após ter vivido um pesadelo por conta de graves problemas de saúde", e ressalta que a principal meta de sua gestão é construir uma estrutura mais digna para o Lar da Criança.

Garantiu que, apesar ter ficado afastada da pasta por um tempo, nenhum projeto  deixou de sofrer um processo de continuidade. O mais importante para ela é o Lar da Criança, que precisa ser ampliado e reformado.

"Tenho que deixá-lo pronto porque não quero ver o Lar da Criança se transformar em uma Febem, como era antes", salienta. Hoje, mais de 219 funcionários, pedagogas, assistentes sociais, dentistas, médicos e psicólogos trabalham na assistência de mais de 100 crianças.

"As nossas crianças não podem ser mais adotadas pelos traficantes, mas sim pelo Estado e pela sociedade", apela Tarezinha, segundo a qual é necessária uma política de investimentos mais agressiva. 

Na avaliação da primeira dama, o desemparo com as crianças começa em Brasília, porque os parlamentares nunca se preocupam com uma política social infanto-juvenil. "Nunca vi ninguém defender essa bandeira nem lá (em Brasília) e nem aqui. Tinha que haver uma vinculação, como existe hoje com a Saúde e a Educação", pondera. Hoje, de acordo com a secretária, o Estado investe R$ 5,2 milhões para manter o Lar da Criança.

A incompetência e a deficiência municipal, segundo ela, também é flagrante e, sobretudo, preocupante. Os municípios têm que ampliar suas participações no auxílio às crianças e cumprir suas obrigações, especialmente Cuiabá e Várzea Grande.
 
"Os estupros me procupam demais, especialmente dentro das casas das crianças, envolvendo os próprios familiares usuários de drogas", afirma a primeira dama, ressaltando que a União, Estados e Municípios devem se unir no sentido de combater todas as formas de exploração infanto-juvenil.

Casamentos

Outro ponto da área social destacado por Terezinha Maggi é o casamento comunitário, no qual mais de 4 mil nubentes irão se casar no próximo dia 25 de julho. No ano passado, mais de 2 mil casais se beneficiados pela ação governamental. O casamento comunitário contará com a presença de aproximadamente 10 mil pessoas.

Mato Grosso, segundo ela, é o recordista nacional em realização de casamentos comunitários. "Só perdemos pra China, que tem cinco milhões de casamento por ano", pontua, ressaltando que a união matrimonial, de certa forma, é um programa de inclusão social.