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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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No Mineirão, lanterna Botafogo impõe respeito e segura o líder Atlético-MG

O clichê é inevitável. Jogando como um legítimo líder, o lanterna Botafogo encarou de igual para igual o Atlético-MG, primeiro colocado, diante de 48.651 torcedores em pleno Mineirão, e conquistou o empate por 1 a 1, neste domingo, pela nona rodada do Brasileirão. Éder Luís, de cabeça, abriu o placar para os donos da casa, e Juninho, em cobrança de falta, garantiu a igualdade.


O resultado mantém o Glorioso na última colocação, com apenas sete pontos, mas ao menos devolve a auto-estima, combalida após duas derrotas, e faz valer o discurso de diretoria, comissão técnica e jogadores, de que a equipe “não deve nada aos rivais”. Por outro lado, o Galo se isolou na liderança da competição, com 18 pontos, mas depende do resultado da partida entre Internacional e Náutico, nos Aflitos, para saber se mantém a posição.

Na próxima rodada, o Botafogo encara o Avaí, sábado, às 18h30m (de Brasília), na Ressacada, em Florianópolis. Já o Atlético-MG tem o clássico contra o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão.

Lanterna com cara de líder

O discurso repetido por Ney Franco durante a semana contagiou os jogadores, e o Botafogo começou a partida no Mineirão como se fosse ele o líder jogando em casa. Com uma marcação forte no campo de ataque, o Glorioso surpreendeu o Atlético e se manteve no campo ofensivo nos primeiros minutos. Faltava, no entanto, criatividade para furar a defesa adversária.

Acuado, o Galo apostava na velocidade da dupla de ataque para respirar. E a tática deu certo. Aos oito minutos, Éder Luís recebeu passe de Tardelli pela esquerda, mas a bola foi parar nas mãos de Castillo. No minuto seguinte, foi a vez de Carlos Alberto aparecer bem pela direita. O lateral cruzou rasteiro, Leandro Guerreiro se atrapalhou todo e deixou a bola para Renan, que emendou de primeira e acertou Juninho.

Mais participativo, Diego Tardelli segurava a bola no ataque e, aos 13, foi derrubado por Eduardo na intermediária. Júnior cobrou a falta, e Welton Felipe, em impedimento, escorou para fazer o gol, bem anulado pela arbitragem. Era, no entanto, o sinal de que o Atlético não se deixaria levar pelo ritmo forte do Botafogo.

Aos 14, o primeiro gol do jogo. Com liberdade, Carlos Alberto apareceu bem novamente pela direita e fez o cruzamento. Na marca do pênalti, Éder Luís se antecipou a Emerson e cabeceou no canto esquerdo de Castillo, que só observou a bola balançar as redes.

A desvantagem não abateu os cariocas. E, assim como o Galo, o Botafogo chegou ao empate em uma jogada que se repetiu em um curto espaço de tempo. Aos 18, Juninho cobrou falta de muito longe e obrigou Aranha e fazer boa defesa, colocando a bola para escanteio. Dois minutos depois, Jean Coral aproveitou desatenção de Alex Bruno para chutar com perigo. Aos 22, porém, Juninho teve nova oportunidade em bola parada, na mesma posição da falta anterior, e não perdoou. Com um chute forte, no canto direito, ele superou Aranha: 1 a 1 no placar.

Com o meio-campo povoado pelo esquema 3-6-1, o Glorioso levava a melhor em todas as disputas de segunda bola e por pouco não virou aos 25. Alessandro e Renato fizeram boa tabela na entrada da área. O lateral recebeu cara a cara com Aranha, mas concluiu na rede pelo lado de fora.

Dono do jogo, o Botafogo se mostrava consistente na defesa, mas não encontrava os espaços no ataque. Enquanto isso, o Galo seguia se garantindo nas jogadas individuais. Aos 34, Márcio Araújo fez fila e foi derrubado por Eduardo na meia-lua. Júnior cobrou mal a falta e desperdiçou a boa chance. Foi o último lance de perigo de um primeiro tempo em que o lanterna jogou como líder.

Galo melhora rendimento, mas tropeça em casa

Na volta para o segundo tempo, Celso Roth mudou o Atlético taticamente e igualou as ações. Com a entrada de Julio César no lugar de Renan Oliveira, o treinador mandou três atacantes para cima dos três zagueiros do Botafogo e tornou a equipe carioca mais precavida. Logo aos quatro minutos, Julio César arriscou da entrada da área, mas pegou mal na bola.

Três minutos depois, o atacante atleticano mais uma vez perdeu uma boa oportunidade. Ele recebeu passe de Tardelli na pequena área e errou o chute. E, com todo gás, Julio César infernizou a defesa carioca também aos oito. O atacante levou a melhor em disputa pelo alto com Eduardo e obrigou Castillo a sair do gol para fazer o corte.

A essa altura, o Botafogo praticamente não tinha passado do meio-campo, em panorama inverso ao da primeira etapa. Deslocado para o meio-campo, Júnior arriscou de longe aos17, e Castillo fez a defesa. Dois minutos depois, o lateral pentacampeão pela seleção cruzou no segundo pau, Diego Tardelli escorou de cabeça, e Alex Bruno chutou mal, para fora.

Tardelli era o atacante do Galo mais efetivo. Aos 21, ele soltou o pé da intermediária e o goleiro uruguaio do Botafogo ficou com a bola. Foi quando finalmente o time carioca assustou. Em disputa com Welton Felipe, Jean Coral foi derrubado no bico da grande área. Juninho cobrou a infração com força e acertou a barreira.

A partir daí, o jogo se manteve equilibrado. Solto para criar, Júnior levantou a bola na cabeça de Julio César, aos 31, mas o atacante concluiu mal. No contra-ataque, Tony avançou pela direita e cruzou para a área. Alex Bruno se esticou todo e, com a ponta da chuteira, impediu o gol de Laio, que já saltava para escorar de peixinho.

Aos 33, mais um round do duelo entre Aranha e Juninho. Pela quarta vez o zagueiro teve boa chance em cobrança de falta, mas foi superado pelo goleiro do Galo.

E a partida seguiu monótona até os dois minutos finais, quando Diego Tardelli, em bela jogada individual, só parou na frente do goleiro Castillo, aos 47. No pique final, o Botafogo por pouco não alcançou a virada. Laio puxou contra-ataque com muita velocidade e rolou para trás. A bola passou por toda a zaga do Galo e chegou para Alessandro, que emendou e carimbou Welton Felipe. Lances que comprovam o equilíbrio do Brasileirão, onde, mesmo em confronto do líder contra o lanterna, tudo pode acontecer.
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