O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta segunda-feira o pedido de revogação da prisão preventiva de um homem acusado de ter transmitido o vírus da HIV/Aids propositalmente a duas namoradas.
Segundo o Supremo, o homem teria sido contaminado pela própria mulher, que morreu vítima da doença em 2001 --contraída em uma transmissão de sangue.
Após a morte da mulher, ele teria transmitido o vírus a outras duas namoradas, que não sabiam da doença e abdicaram do uso de preservativos. Os casos ocorreram entre 2001 e 2002, mas o Supremo não revelou a identidade do acusado e onde os casos ocorreram.
Para a defesa, entretanto, não se pode tipificar a ação de quem contamina outros com o vírus do HIV como sendo tentativas de homicídio. Portanto, o advogado do acusado pediu a revogação da prisão preventiva cautelar.
Em sua decisão, o ministro Marco Aurélio Mello negou o pedido sob o argumento de que, se solto, o açougueiro poderia fazer novas vítimas.