O plano do governo do Estado para o setor de segurança no município de Várzea Grande simplesmente pode "travar" por falta de uma colaboração mais estreita entre as forças policiais civil e militar, segundo informaram fontes da Casa Civil e da Casa Militar, as quais não escondem a preocupação com a possibilidade da retomada da escalada de violência naquele município.

"Forças ocultas impedem um avanço maior e mais contundente no combate à criminalidade, especialmente no combate e repressão ao tráfico de drogas", afirmou uma fontes ouvidas pelo Olhar Direto, na tarde de hoje. Em consequência da falta de colaboração, o gabinete de segurança integrado não "prosperou como devia".

"No começo da força-tarefa, no final de dezembro, houve uma redução significativa da criminalidade e a taxa de homicídios, que está ligada quase que umbilicalmente ao tráfico, chegou a cair. Mas agora estamos voltando aos patamares anteriores, ou seja, nos níveis de violência bastante elevados", observou uma fonte da Casa Civil.

Entre os meses de agosto e dezembro de 2008, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), nada menos do que 65 homicídios foram registrados em Várzea Grande. Entre janeiro de 2009 e hoje, de acordo com fontes da pasta, apenas 12 homicídios foram registrados, sendo seis em janeiro, quatro em fevereiro e dois até hoje.

"Se incluirmos os latrocínios e outros dados, poderemos observar que houve resultados concretos no combate à criminalidade, mas a colaboração precisa permanecer estreita entre as forças policiais", pondera uma quarta fonte da Polícia Civil, cuja maior preocupação é com a retomada do tráfico de drogas.