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Terça-feira, 16 de abril de 2024

Notícias | Turismo

Cresce o número de brasileiros que vão viajar sozinhos, diz governo

Com o sonho de conhecer 100 países, o engenheiro Gustavo Gamaliel, de 31 anos, já esteve em 36 até hoje. Desses, ao menos 20 ele conheceu sozinho, e por opção: o mineiro que mora no Rio prefere viajar sem companhia. “Nem sempre seus amigos, familiares ou sua namorada têm a mesma disposição, tempo e dinheiro que você. Sozinho é muito mais simples”, defende.


Segundo uma nova pesquisa do Ministério do Turismo, cada vez mais brasileiros estão viajando como Gustavo, sem a companhia de amigos ou parentes.

O estudo, feito com 2 mil pessoas em sete capitais, mostra que 17,7% dos entrevistados que pretendem viajar nos próximos seis meses irão sem ninguém. Há um ano, em fevereiro de 2013, esse valor era de 13,1%.

O aumento ocorreu em todas as faixas etárias, mas foi mais acentuado entre aqueles com até 35 anos
de idade, grupo que registrou alta de 10 pontos percentuais. O resultado completo do levantamento será divulgado na próxima semana.

Entre as vantagens de viajar sem mais ninguém, Gustavo Gamaliel cita a liberdade de fazer o que quiser. “Escolho o lugar que eu quiser, acordo a hora que eu quiser e visito o que eu quiser”, diz.

Quando sente falta de companhia, ele vai para algum bar ou discoteca para conhecer gente. “Não importa o idioma, você vai conversar. Você fica desesperado para conhecer alguém, quem senta do seu lado no avião está perdido. Uma vez fui conversando de Dubai até Pequim com um chinês que falava mal o inglês”, lembra, rindo.

Conhecer gente
A propensão para conhecer gente nova também é citada pelo analista internacional Matheus Gonzaga Pereira, de 25 anos, como vantagem de viajar sozinho.

“Quando chego no lugar vou para um hostel [albergue], tomo uma cerveja no balcão e converso com o bartender e com as pessoas das redondezas. Se está passando algum esporte na TV eu comento. Fico mais aberto à interação”, afirma.

Solteiro, Matheus vai passar as férias deste ano no Uruguai, em julho, e diz que outra vantagem será poder exercitar o espanhol.

O engenheiro Vinicius Fernandes, de 25 anos, também decidiu ir sozinho para uma viagem de carro pelo litoral do Rio e de São Paulo, em abril. “Prefiro assim. Estou querendo relaxar, descansar a cabeça. Vou sem muita programação, se eu gostar de um lugar eu fico mais tempo lá”, conta.

O único ponto negativo, para ele, é a menor segurança. “Se acontecer algo ruim não terei ninguém por perto e precisarei contar com a ajuda de um estranho. Pode até ser perigoso, se furar o pneu durante a viagem”, exemplifica.
Para o consultor tributário Kelsen Andrade, de 33 anos, que fez sua primeira viagem sem companhia em novembro do ano passado, para Nva York, o maior incômodo acontecia na hora de tirar fotos. “Nesses momentos era chato. Ou você tira foto de si mesmo ou tem que pedir para alguém tirar toda hora”, diz.

No geral, ele diz que aprovou a experiência. O motivo principal é o mesmo citado pelos demais entrevistados. “Tinha liberdade para fazer os passeios que quisesse”, diz.
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