A Polícia Militar prendeu em flagrante dois empresários acusados de furtar energia elétrica em alta tensão em um garimpo em Matupá (704 km de Cuiabá). A prisão dos sócios R.J.S. e V.A.C. ocorreu  após solicitação de apoio policial por uma equipe de eletricistas da Cemat.
A distribuidora havia detectado a ligação clandestina, que tinha cerca de 800 metros de rede trifásica em alta tensão (34,5 kV), em uma propriedade rural do município. Após três tentativas de desfazer a ligação - e diante da insistência de R.J.S. em religar -, a equipe da Cemat acionou a Polícia Militar. Policiais e eletricistas entraram na propriedade e encontraram um transformador com potência de 75 kVA. O garimpo estava em plena atividade, com mais de 15 funcionários trabalhando.

R.J.S. foi preso de imediato. O sócio V.A.C. se apresentou em seguida aos militares e também foi detido. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que ouviu os acusados e as testemunhas do crime. V.A.C. foi liberado ainda na terça-feira e R.J.S. passou a noite na cadeia. Ele vai responder em liberdade pelos crimes de furto de energia e garimpo ilegal. De acordo com o artigo 155 do Código Penal, furto de energia elétrica é crime, com previsão de pena de um a quatro anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Além do furto de energia, a Polícia Civil vai investigar a suspeita de outras irregularidades no funcionamento do garimpo, especialmente no que diz respeito às licenças de funcionamento e a possíveis danos ambientais