Após mais um dia cansativo por "las carreteras" (estradas) dos altiplanos do Peru, a partir de Puno, cidade localizada às margens do lago Titicaca, no Peru, e da Bolívia, de Desaguadero, município localizado na fronteira dos dois paises, os integrantes da missão Irasa (Intercambio Rotario da Amizade Sul-americana) chegaram a Oruro, localizada a 3.606 mil metros acima do nível do mar.
Esta cidade e famosa por seu carnaval, considerado patrimônio oral e intangível da humanidade pela Unesco, e por seus minerais (estanho, segundo produtor mundial, zinco, cobre, ouro e prata), além de urânio (fase inicial de exploração).
Por tantas riquezas minerais, Oruro tem quase 300 mil habitantes e o
segundo museu maior do mundo de minerais. Também tem o pico mais alto da Bolívia, o "cerro" Sajana, com 6.542 metros acima do nível do mar.
Os fatos marcantes desse "tramo (trecho)" foram as montanhas do altiplano e, infelizmente, o lixo acumulado ao longo da estrada. Os rotarianos ficaram chocados com tamanha sujeira, mas alguns membros mais velhos da missão lembraram que o Brasil já "foi pior", o que forçou o governo brasileiro a promover uma campanha nacional de marketing com o personagem "Sujismundo", o que jogava lixo pela janela do carro, nas praias, praças e logradouros públicos.
Após a chegada no Briggs, um aconchegante hotel na área central de Oruro, localizado a duas quadras do centro da cidade, os membros do Irasa foram para mais um compromisso rotário com os três clubes do Rotary de Oruro. O Briggs, por sinal, é um acolhedor hotel, que tem quartos espaçosos e moveis em "roble e carvalho".
Para Serafim Carvalho Melo, ex-diretor da Federação das Industrias de Mato Grosso (Fiemt), geólogo de formação e líder do grupo Irasa, a missão, apesar do cansaço e de todas as dificuldades, tem cumprido seu papel de "incentivar a integração de Mato Grosso com a Bolívia, Peru e Chile". "Estamos provando que, mesmo de ônibus, com crianças, o intercambio e possivel, assim como um maior incentivo do comercio entre o Brasil, Bolívia, Peru e Chile, países para os quais ainda mantemos as costas viradas, visto que poderíamos ter intercâmbios econômicos, comerciais, culturais e sociais muito mais intenso", pondera Carvalho Melo.
Outras informações amanhã.
