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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Avaliamos o Fiat Uno Sporting com câmbio automatizado dualogic

Avaliamos o Fiat Uno Sporting com câmbio automatizado dualogic
Tabelado em R$ 39.630 (R$ 2.980 a mais do que a versão com câmbio manual de cinco velocidades), o Fiat Uno Sporting com câmbio Dualogic pretende ocupar um espaço deixado quase vazio pelas montadoras: o dos modelos que dispensam o pedal da embreagem por menos de R$ 40 mil. Mas, a comodidade tem seu preço: a moderna transmissão acionada por botões equipa um carro que não conta com sistema de som nem ar-condicionado de série.


Com aspecto ligeiramente mais esportivo do que o restante da linha, o Uno Sporting utiliza o mesmo motor 1.4 flex de 88 cv e 12,5 kgfm dos seus irmãos. Ou seja, o “Sporting” dele fica por conta das rodas de liga leve de 15 polegadas com desenho diferenciado, os para-choques exclusivos com direito a saída de escapamento dupla e centralizada, além de acabamento interno escuro, itens que as outras opções não recebem nem como opcional.

Mas, quando o assunto é desempenho, ele está mais para Way – a primeira versão a contar com motor 1.4. Não que isso seja pouco: a potência e o torque se encarregam de colocar o hatch em movimento sem dificuldades. Só não espere nenhum desempenho surpreendente. Autoesporte pôde testar a nova versão em um circuito restrito por ruas de Buenos Aires (Argentina), onde ficou claro que quem quiser respostas mais rápidas e acelerações com um pouco mais de fôlego pode contar com o botão “S” do câmbio Dualogic. Neste modo, as trocas são feitas em giros mais altos, deixando o propulsor encher um pouco mais e permitindo ao Uno ser ligeiramente mais ágil.

No geral, o novo câmbio Dualogic vai muito além de um rostinho bonito. Isso porque apesar de seu grande atrativo ser a ausência de manopla – substituída por botões, como já visto em outros modelos superiores -, seu desempenho agrada quem está ao volante. Ele ainda não deixou de ser um automatizado, então os trancos em trocas de marchas continuam lá. Mas eles foram suavizados e deixam a condução bem mais confortável. Por padrão, o sistema privilegia o consumo de combustível, procurando manter as marchas mais altas e diminuir o giro do motor. O motorista também pode fazer trocas manuais por aletas atrás do volante.

Por causa do trecho plano e reto em que o carro pôde ser testado, o sistema de suspensão não foi colocado à prova como seria em alguns circuitos urbanos comuns. Mas, ficou a impressão de que os passageiros viajam confortavelmente, com um conjunto que privilegia a maciez para absorver as imperfeições do asfalto. Mesmo quando equipado com ajuste de altura (vendido como opcional), os bancos dianteiros não podem ser ajustados para ficar próximos do assoalho, o que melhoraria a posição de dirigir.

Na cabine

Por dentro, o grande diferencial da versão Sporting é o acabamento escuro do teto e detalhes vermelhos no painel de instrumentos e nas maçanetas das portas. Apesar de ser todo em plástico, o console tem bom acabamento texturizado, apesar de algumas rebarbas aparentes. Tanto o porta-luvas quando o porta-óculos mereciam uma atenção mais especial da Fiat para serem menos frágeis.

O quadro de instrumentos tem boa visualização, a não ser pelo conta-giros, que poderia ser mais centralizado. O ponto alto fica por conta da tela LCD, posicionada no centro do velocímetro analógico. De série em todas as versões do novo Uno (exceto a Vivace, que segue sendo vendida com o visual anterior) o aparelho reúne diversas informações do computador de bordo, como consumo de combustível, indicador de troca de marchas e até um velocímetro digital. O volante foi redesenhado e tem boa pegada. Ainda quanto à ergonomia, a Fiat finalmente reposicionou os comandos dos vidros para as portas, tirando-os do painel central.

Um dos grandes problemas de todas as versões do Uno 2015 é a ausência de importantes itens de série, semelhante ao que acontece com o reestilizado Volkswagen Fox. Mesmo em sua versão topo de linha, o hatch não conta com ar-condicionado nem rádio de série.

Para incluir estes opcionais, devem ser gastos mais R$ 1.420 pelo sistema de som com rádio, entradas USB e auxiliar, além de conexão Bluetooth, e nada menos que R$ 3 mil pelo sistema de refrigeração da cabine.

Na ponta do lápis

A chegada do Uno Sporting com câmbio automatizado pretende fazer frente ao Volkswagen up!, que na versão High com câmbio automatizado sai por R$ 38.910 também sem ar-condicionado (vendido por R$ 2.830) e sistema de som (a partir de R$ 544). A partir daí, vêm Chevrolet Onix 1.4 LT (R$ 48.400) e Hyundai HB20 1.6 Comfort Plus (com motor mais potente, por R$ 47.420), bem mais salgados e com câmbios automáticos, não automatizados.

Até dentro da própria Fiat a disputa pode ser acirrada. Por R$ 4.640 a menos, é possível comprar a inédita versão Evolution, que é equipada com o mesmo motor e o sistema start-stop, que desliga o motor em pequenas paradas e o religa automaticamente para diminuir o consumo de combustível. Neste caso, o câmbio é sempre manual de cinco velocidades. Ou seja, se o visual levemente esportivo não for essencial na decisão de compra, pese entre o menor consumo de combustível da versão Evolution e a comodidade da automatizada Sporting.
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