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Sábado, 20 de abril de 2024

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Terroristas estavam há dois dias no hotel de Jacarta

Os dois homens-bomba responsáveis pelos ataques em dois hotéis de luxo em Jacarta, na Indonésia, que deixaram nove mortos e cerca de 50 feridos, estavam hospedados em um dos alvos, o hotel JW Marriott, há dois dias. Não há informação se, entre os nove mortos, estão os dois homens-bomba responsáveis pelos atentados.


Imagens de uma câmera interna de segurança do outro luxuoso hotel atingido, o Ritz-Carlton, mostra o suposto suicida, com um boné e uma mala de viagem, que atravessa o saguão até o local onde, minutos depois, ocorre a explosão.

A revelação de que os terroristas estavam hospedados no hotel mostra uma mudança de tática desde 2003, quando um carro-bomba do lado de fora do Marriott matou 12 pessoas. Em uma ação que lembra os atentados coordenados em Mumbai, na Índia, em novembro passado, que deixaram 172 mortos, tudo indica um grande planejamento anterior aos ataques. Ao menos dois dos suspeitos se hospedaram no quatro 1808 do Marriott, onde a polícia encontrou uma bomba não acionada e explosivos pouco depois do ataque.

"Eles estavam usando o quarto como "centro de comando" desde 15 de julho e hoje eles deveriam fazer o check-out", disse o chefe de polícia, general Bambang Hendarso Danuri, citado pela agência Associated Press.

A medida aparentemente ajudou os terroristas a escapar das medidas de segurança rígidas que hotéis de luxo determinaram nos últimos anos --e que incluem barricadas ao redor do prédio, guardas nas entradas, checagem de carros e detectores de metais.
A rede de TV indonésia TVOne mostrou imagens de um circuito fechado de vigilância nas quais se vê o suposto homem-bomba que atacou o Ritz Carlton.

Ele usa terno preto, um boné de beisebol e carrega uma mochila de mão e uma mala de rodinhas pelo lobby do hotel. O homem entra então em uma sala fora do alcance da câmera. Um corta avança cerca de um minuto na filmagem, quando a câmera registra uma luz branca forte e nada mais.

Vítimas

As autoridades indonésias ainda não revelaram a identidade das vítimas do atentado duplo. Ambos os hotéis, contudo, estavam cheios de turistas e empresários estrangeiros, a maior parte deles australianos e europeus.

A agência Associated Press afirma que, entre as vítimas, estão três australianos e um neozelandês.

O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, afirmou a repórteres nesta sexta-feira que um dos três australianos atingidos é funcionário da embaixada no país. "Estes dados podem mudar", ressaltou, sobre as informações ainda divergentes.

A agência de notícias Reuters afirma que havia oito americanos entre as dezenas de pessoas feridas pelas explosões. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, nenhum americano morreu. Os feridos foram levados à Cingapura para tratamento.

Autoria

Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques, mas as suspeitas caem sobre o grupo islâmico radical Jemaah Islamiyah, considerado braço da Al Qaeda na Ásia. O grupo já foi responsabilizado por outros ataques, incluindo o bombardeio de 2003 no Marriott.

Um grupo de estudo australiano, Strategic Policy Institute, previu que o Jemaah Islamiyah poderia lançar novos ataques nesta quinta-feira.

Um documento divulgado nesta quinta-feira afirmava que as tensões na liderança do grupo e a libertação de ex-membros da prisão "aumentavam a possibilidade de facções tentarem re-energizar o movimento com ataques violentos".

O próprio presidente Susilo Bambang Yudhoyono afirmou mais cedo que atribuía os ataques ao grupo e prometeu prender os responsáveis.

Atentados

Aparentemente coordenados, os ataques ocorreram durante a manhã desta sexta-feira no horário local, um momento de movimentação nos hotéis. As explosões atingiram o restaurante do Marriott e o porão do Ritz-Carlton, que ficam no luxuoso bairro Kinigan e estavam cheios de turistas e empresários estrangeiros, a maior parte deles australianos e europeus.

Um responsável do centro de crise do ministério da Saúde, Rustam Pakaya, revelou que um neozelandês está entre os feridos. Em Seul, as autoridades informaram que um sul-coreano ficou ferido.

O primeiro atingido foi o Marriott, às 7h50 (21h50 de quinta-feira em Brasília). O hotel ficou com sua fachada parcialmente destruída. Testemunhas afirmam ter ouvido uma forte explosão que destruiu vidros de janelas em um raio de dezenas de metros.

'Algumas janelas do prédio do Ritz-Carlton foram estilhaçadas, principalmente na parte de baixo. Estou olhando para ele do meu escritório', disse Myra Junor, que trabalha em um prédio vizinho. 'Houve uma explosão e o prédio balançou', afirmou o turista Don Hammer, que estava hospedado no Marriott.

Segundo relatos, a segunda explosão ocorreu minutos depois e destruiu parte da fechada do hotel Ritz Carlton, onde o time de futebol do Manchester United se hospedaria neste sábado antes de um jogo amistoso contra uma equipe local.

Nos dois hotéis houve cenas de pânico e desespero, com hóspedes e funcionários ensanguentados e sobreviventes gritando por socorro. Os dois locais foram completamente interditados e a polícia ainda procurava por sobreviventes ou mais vítimas na tarde desta sexta (hora local).
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