O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, condenou nesta sexta-feira os atentados contra dois hotéis em Jacarta, que deixaram ao menos nove pessoas mortas.
A porta-voz da ONU, Michèle Montas, expressou, em uma declaração, a solidariedade de Ban com as vítimas dos ataques, assim como com o povo e o governo da Indonésia.
Ban "reconhece os firmes esforços do governo indonésio no passado para levar autores de atos terroristas à Justiça e confia que estes atentados serão averiguados com a mesma determinação e seus responsáveis serão processados", acrescentou.
As duas explosões que atingiram os hotéis Marriott e Ritz-Carlton também deixaram 52 pessoas. A polícia, que investiga os atentados, desativou uma terceira bomba horas após as primeiras explosões.
Apesar de nenhum grupo extremista assumir a autoria dos atentados, o presidente Susilo Bambang Yudhoyono afirmou que vai prender os responsáveis. "Esta ação foi cometida por um grupo terrorista, mas é cedo para dizer se é a mesma organização [que realizou os atentados dos últimos anos]", afirmou, em discurso transmitido pela TV.
Aparentemente coordenados, os ataques ocorreram durante a manhã desta sexta-feira no horário local, um momento de movimentação nos hotéis. As explosões atingiram o restaurante do Marriott e o porão do Ritz-Carlton, que ficam no luxuoso bairro Kinigan e estavam cheios de turistas e empresários estrangeiros, a maior parte deles australianos e europeus.
Os atentados puseram fim a quase quatro anos sem violência terroristas de aparência islamita na Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, mais de 200 milhões de fiéis, em sua maioria de caráter moderado.
Vítimas
As autoridades indonésias ainda não revelaram a identidade das vítimas do atentado duplo. No entanto, ambos os hotéis estavam cheios de turistas e empresários estrangeiros, a maior parte deles australianos e europeus.
A agência Associated Press afirma que, entre as vítimas, estão três australianos e um neozelandês.
O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, afirmou a repórteres nesta sexta-feira que um dos três australianos atingidos é funcionário da embaixada no país. "Estes dados podem mudar", ressaltou, sobre as informações ainda divergentes.
A agência de notícias Reuters afirma que havia oito americanos entre as dezenas de pessoas feridas pelas explosões. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, nenhum americano morreu. Os feridos foram levados à Cingapura para tratamento.