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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Apoiadores de Zelaya retomam protestos às vésperas de negociação

Os simpatizantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, continuaram nesta sexta-feira seu movimento de protesto em Honduras para aumentar a pressão sobre o governo interino na véspera de uma reunião de mediação na Costa Rica.


Milhares de manifestantes mantiveram o bloqueio das estradas no país, principalmente nas que passam pela capital Tegucigalpa, para exigir a volta de Zelaya, deposto em 28 de junho passado por um golpe de Estado perpetrado por Exército, Suprema Corte e Congresso.

"Não desistam, ou Honduras vai desmoronar", afirmou o porta-voz do Bloco Popular, Juan Barahona.

Uma semana depois após uma primeira tentativa de mediação, que acabou sem avanços significativos, o presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz, Oscar Arias, conclamou as duas partes a aceitarem a formação de um "governo de união nacional". Eles devem discutir a proposta em uma reunião prevista para este sábado em San José.

A ideia já foi rejeitada pelo presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, o ex-presidente do Congresso designado para o cargo de chefe de Estado após a expulsão de Zelaya.

"Não aceitamos que um país nos imponha seu ponto de vista. Nossa posição é firme, e não vamos mudar", afirmou Micheletti, que já propôs renunciar ao cargo desde que Zelaya não volte ao poder.

Os dois homens serão representados por suas delegações nas negociações da Costa Rica.

Em um discurso contraditório, Zelaya explicou que "há todavia uma esperança, uma porta aberta. Não devemos perder a fé e esta esperança se acaba em 48 horas".

Na véspera de árduas discussões em San José, Zelaya, apoiado pelas organizações sindicais e indígenas, lembrou o ultimato lançado ao governo interino se ele não for restabelecido rapidamente no poder.

"Estamos muito agradecidos por todos os esforços diplomáticos, mas estou me preparando para voltar a Honduras por via aérea ou terrestre", advertiu.

Líder da esquerda radical na América Latina, o presidente venezuelano Hugo Chávez, um dos raros defensores de uma intervenção militar em Honduras, ameaçou com "uma guerra civil que pode se propagar por toda a América Central".
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