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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Obama rebate críticas à reforma da saúde; opositor chama plano de "socialismo"

No momento em que o apoio popular a seus projetos para a saúde está caindo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que o grande aumento dos custos com cobertura de saúde está afligindo as famílias americanas e rebateu críticas da oposição republicana ao seu plano de reformar o sistema de saúde do país, um setor que movimenta US$ 2 trilhões de dólares por ano.


Em declarações após uma reunião sobre a reforma de saúde no Centro Médico Nacional para Crianças, em Washington, Obama pediu a seus adversários que não errem o alvo e não levem ao fracasso a reforma simplesmente para lhe infligir um "Waterloo" político, em referência à batalha final na qual Napoleão foi derrotado por tropas britânicas, holandesas, belgas e alemãs, em 1815.

"Outro dia, um senador republicano pronunciou as seguintes palavras: 'se conseguirmos parar Obama, será seu Waterloo. Ele estará acabado'", relatou o presidente americano, lembrando de declarações recentes do senador republicano Jim DeMint.

"Algumas pessoas nesta cidade estão satisfeitas com o statu quo, outras chegam a combater a reforma em nome de poderosos interesses particulares", declarou Obama.

Obama disse que agora é o momento para que o Congresso atue, mesmo que o presidente do Comitê Nacional Republicano tenha classificado o plano da Casa Branca de estabelecer uma opção de seguro de saúde comandado pelo governo como "uma experiência imprudente".

"Não se trata de mim. Não se trata de política. Trata-se de um sistema de saúde que quebra as famílias americanas, as empresas americanas e a economia americana", enfatizou Obama. "Precisamos adotar uma reforma até o fim deste ano", afirmou, voltando a criticar um sistema que "funciona melhor para as companhias farmacêuticas e as seguradoras do que para os americanos".

Uma pesquisa encomendada pelo jornal "The Washington Post" e pela rede de TV ABC, realizada na semana passada e publicada nesta segunda-feira, mostra que a aprovação à maneira como Obama trata do assunto caiu de 57% em abril para 49%, e a desaprovação subiu para 44%, contra 29% há três meses.

A pesquisa foi conduzida depois da divulgação de estimativas na semana passada que sugeriram que a reforma do setor de saúde, uma das prioridades da agenda doméstica de Obama, falharia em criar a economia a longo prazo que o presidente espera e custaria mais do que originalmente calculado.

"Mesmo enquanto as famílias americanas são afligidas por custos crescentes com saúde, as companhias de seguro de saúde e seus executivos têm conseguido grandes lucros em um sistema falido", disse Obama. "Nós temos falado exaustivamente desse problema todos os anos, mas a menos que nós atuemos, e atuemos agora, nada disso vai mudar.

O presidente do RNC, Michael Steele, disse que o plano do presidente, que busca estender os cuidados médicos a cerca de 46 milhões de pessoas não seguradas atualmente, equivale ao socialismo.

"O presidente está empurrando esta experiência pelo Congresso tão rapidamente [...] que nós não tivemos um momento para avaliar se ele funcionaria, ou pior, para pensar sobre as consequências para a nossa nação, a nossa economia e o futuro econômico das nossas famílias se ele não funcionar", disse Steele no National Press Club (Clube Nacional de Imprensa), em Washington.
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