Após a realização da Operação Uauiara, deflagrada na última sexta-feira (27) e que resultou na prisão de sete pessoas e alguns índios feridos, na reserva umutina, lideranças da aldeia se reuniram, nesta terça-feira (3), com o procurador da República Mário Lúcio Avelar para discutir a questão da pesca na aldeia.
O procurador propôs que o Ministério Público Federal atue na regularização da pesca na reserva. Para isso, foi programada uma reunião para a próxima semana com representantes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e da Secretaria Nacional da Pesca. A data ainda não foi confirmada.
De acordo com as investigações da PF, os índios comercializavam os peixes durante a piracema no valor de R$ 1 a R$ 3 o quilo, dependendo da espécie. A operação tinha como objetivo reprimir a pesca predatória na aldeia localizada no município de Barra do Bugres (MT).
Foram expedidos 13 mandados de prisão, no entanto, seis ainda estão foragidos. Os acusados respondem pelos crimes contra o meio ambiente, formação de quadrilha e corrupção. Apesar do clima tenso na reserva, nenhum índio foi preso na última sexta-feira.
Foram presos durante a operação: Luiz Cézar Brandão, Francisco de Arruda e Silva Júnior, Edilson de Oliveira, Jackjs de Amorim Arruda, Francisco Gonçalves Nascimento, Marcos Gonçalves Berigo e Sérgio Gonçalves Berigo.
Encontram-se foragidos: Eugênia de Almeida de Arruda e Silva (“Gina”), Valter Gonçalves Berigo, Nerivaldo Rosa Brandão (“Nerinho”), Eoritolis Souza Ribeiro (“Branco”), Ronny Peterson Telles e Antônio Célio de Oliveira (“Toni”).
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