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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Cinzas de vulcão chileno podem chegar ao RS, diz meteorologista

As cinzas vulcânicas expelidas por erupções do vulcão Calbuco, no Chile, podem chegar ao Sul do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (24), segundo meteorologistas. Imagens de satélite mostram que a nuvem causada pelo fenômeno já cobre parte da Argentina, começou a ingressar no Uruguai e pode se deslocar ao estado gaúcho.


Segundo a meteorologista Michele Morais, da Climatempo, houve uma mudança no prognóstico. Na quinta (23), as imagens não indicavam que a cinza chegaria até o Rio Grande do Sul. Porém, nesta sexta, o dia amanheceu com a possibilidade de efeitos do Calbuco atingirem as regiões da Campanha e Sul do estado.

“O transporte das cinzas vulcânicas é realizado através da corrente de jatos em altos níveis da atmosfera. Ontem [quinta-feira], os modelos não indicavam posição favorável ao transporte, mas hoje já indicam. Apenas para hoje. Depois, a posição do jato só voltaria a favorecer o transporte a partir de segunda-feira”, disse Michele ao G1.

As cinzas devem ficar concentradas nos municípios ao Sul do estado e podem chegar no máximo a Bagé, na Campanha, conforme a meteorologista.

O 8º Distrito Meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por sua vez, afirma que não está avaliando o avanço da nuvem e que deve trabalhar com os efeitos do vulcão apenas na previsão do tempo se ela chegar até o território gaúcho.

Em 2011, uma situação semelhante aconteceu. O material do vulcão chileno Puyehue cobriu parte de cidades gaúchas e deixou em alerta órgãos de saúde, além de causar cancelamentos de diversos voos e fechamentos de aeroportos como o de Bagé.

"As cinzas restringem a altitude para operações aéreas, então algumas companhias podem optar em suspender voos apenas por prevenção. Sem contar que a pluma é corrosiva e pode prejudicar os motores dos aviões", diz a meteorologista.

Estado de exceção
O vulcão Calbuco está localizado na turística região dos Lagos, 900 quilômetros ao sul de Santiago, e sua atividade ocorre no mesmo momento em que outro vulcão no país, o Villarica, também está em fase de erupção.

O governo do Chile manteve na noite desta quinta-feira (24) o estado de exceção e catástrofe nas localidades próximas ao vulcão. Mais de 4 mil pessoas tiveram que ser evacuadas.

Segundo o ministro do Interior do Chile, Rodrigo Peñailillo, a zona de exclusão de 20 quilômetros em torno do maciço rochoso será mantida a fim de proteger a população.

Os voos com destino e origem em Puerto Montt foram reiniciados, mas as companhias estão atentas para acompanhar o rápido deslocamento das nuvens de cinzas.
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