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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Educação

Proporção de alunos de 18 a 24 anos no ensino superior aumenta, diz IBGE

RIO — Divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2015 mostra que a proporção de estudantes de 18 a 24 anos que frequentavam o ensino superior passou de 32,9% em 2004 para 58, 5 % em 2014. Desse número, entretanto, o total de estudantes pretos e pardos em 2014 (45,5 %) ainda não supera o número de brancos neste nível em 2004 (47,5%). Ou seja, triplicou a proporção de pretos e pardos no ensino superior, já que eram 16,7% em 2004, mas essa ainda é menor que o número de brancos neste nível há dez anos. Esses, por sua vez, passaram a ser 71,4 % em 2014.


A desigualdade também está presente em relação às regiões. Enquanto a proporção de estudantes de 18 a 24 anos que frequentavam o ensino superior ficava acima da média nacional nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, apenas 40,2% e 45,5% dos jovens estudantes das Regiões Norte e Nordeste, respectivamente, cursavam esse nível em 2014.

A Síntese de Indicadores Sociais reúne temas relacionados às situações de vida das pessoas, com dados sobre trabalho, domicílios, educação, aspectos demográficos, entre outros.

Ainda na vertente da educação, a pesquisa mostra que aumentou a proporção dos jovens entre 15 e 17 anos que somente estudam. Essa proporção passou de de 59,3 % para 67,0% entre 2004 e 2014, diminuindo o número daqueles que estudavam, mas também trabalhavam. No mesmo período de referência, esse número caiu de 22,6% para 17, 3 %.

RENDAS MENORES NA REDE PÚBLICA

Ao longo da década, estudantes pertencentes ao grupo de 20% da população com renda mais baixa passaram a frequentar mais as universidades públicas. Em 2004, esse grupo correspondia a apenas 1,2% e subiu para 7,6% em 2014. Em paralelo, caiu a proporção de alunos com a renda mais alta no ensino superior público. Em 2004, esse grupo, que corresponde a 20% da população com renda mais alta, representava 54,5% dos alunos. Em 2014, o número já era bem mais baixo: 36,4%.

O acesso ao ensino superior mais democrático teria como estímulos o aumento do nível educacional da população e as melhorias nas condições econômicas das famílias, que liberam os jovens para prosseguirem os estudos, ao invés de se dedicarem exclusivamente ao trabalho.

Além disso, estaria ligado às políticas públicas, desde o aumento das reservas de vagas nas instituições públicas até o aumento do financiamento estudantil, como ProUni e FIES.
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