O processo sobre o caso da explosão do veículo Vectra, que matou quatro pessoas na BR-070 e que neste mês completará 10 anos, entrará novamente em pauta nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ). No último dia 27 de julho, o desembargador Orlando Perri pediu vista da ação para tomar conhecimento do caso. O relator do processo, Jurandir Florêncio de Castilho, da Primeira Câmara Cível, realizará o julgamento,a partir das 14h, dos recursos de apelação interposto pela montadora General Motors do Brasil (GM), condenada a pagar indenização às famílias das vítimas e realizar o recall do veículo.

O acidente ocorreu próximo a Barra do Garças, em 17 de agosto de 1999 e quatro pessoas morreram carbonizadas. Entre os mortos, três de uma mesma família: Heronides de Aquino Araújo, Ítala Pedemonte Araújo e Antonio Salvino Pedemonte Araújo. Eles são, respectivamente, pai, a mãe e irmão de Heronides Araújo Filho, autor da ação contra a GM e que tenta provar que a explosão ocorrera por falha na fabricação do veículo. Também morreu no acidente Maria Dometila Pinto Gusmão.

A condenação da GM aconteceu oito anos depois pela juíza Amini Haddad Campos, da 9ª Vara Cível de Cuiabá. A sentença obriga a montadora a indenizar os parentes das vítimas e determinou que a GM deveria comunicar o consumidor sobre os riscos com o modelo Vectra.

No dia 26 de fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou liminar à General Motors, em recurso de agravo de instrumento proposto pelos advogados da montadora contra decisão da juíza. Mesmo com todas as denúncias de ocorrências, a GM se nega a realizar recall do Vectra.