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Sábado, 20 de abril de 2024

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Governo interino tenta romper isolamento; Zelaya pode visitar Brasil

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, anunciou nesta segunda-feira que quer convidar personalidades para constatar que seu governo "faz as coisas corretamente e dentro da Constituição da República", um esforço para romper o isolamento internacional após o golpe de Estado de 28 de junho passado. Já o presidente deposto, Manuel Zelaya, que passou por diversos países desde que foi expulso de Honduras, deixou a fronteira entre Nicarágua e Honduras neste domingo e pode visitar o Brasil nos próximos dias.


Zelaya afirmou em entrevista no sábado passado (1º) ao canal de TV Telesur que recebeu convite do presidente do México, Felipe Calderón, para visitar o país nesta segunda-feira. Ele afirmou ainda que recebeu convite do governo brasileiro para vir ao país, embora não tenha confirmado se fará a viagem.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou diversas vezes o golpe no país e pediu reiteradamente a restituição imediata ao poder de Zelaya.

Zelaya deixou neste domingo a cidade fronteiriça de Ocotal, na Nicarágua, para preparar em Manágua sua próxima viagem ao México, informou neste domingo uma fonte próxima.

Em Ocotal, ficam cerca de 200 partidários --a maioria homens-- que começaram a receber treinamento com o objetivo de formar um "exército popular pacífico" na cidade, que fica a apenas 28 quilômetros de Honduras.

Membros da equipe de segurança de Zelaya informaram à agência France Presse que ele saiu de Ocotal na noite de sábado passado (1º), depois de visitar seus partidários, instalados em albergues.

Observadores


Em Honduras, Micheletti comanda um esforço para reverter a imagem negativa de seu governo. Durante um ato no qual ergueu a bandeira do país na praça em frente à Casa Presidencial, Micheletti disse ter pedido pessoalmente a Oscar Arias, presidente da Costa Rica e mediador da crise, pela visita de "personalidades" internacionais.

O pedido faz alusão à chegada do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza e da vice-presidente de governo espanhola, María Teresa Fernández de la Vega, à Costa Rica para reunião com Arias para discutir uma estratégia par solucionar a crise.

Eles devem respaldar o Acordo de San Jose, texto proposto por Arias que inclui a restituição de Zelaya e um governo de união, e decidir quais passos seguir. Eles devem discutir se alguém será enviado para Honduras para discutir uma proposta com o governo de Micheletti.

Micheletti passou o domingo reunido com diversos setores da sociedade civil para debater uma solução à crise instaurada pelo golpe. A reunião, segundo o jornal "Hondudiario", durou mais de três horas. Micheletti pediu ainda que os apoiadores de Zelaya parem com as manifestações que, segundo setores de apoio ao governo interino, custam milhões à economia hondurenha.

O Congresso de Honduras deve emitir nesta segunda-feira um parecer sobre a proposta de Arias após uma semana de estudo.

Micheletti afirmou inúmeras vezes, contudo, que não aceita a volta de Zelaya. Já o Tribunal Supremo Eleitoral do país rejeitou o adiantamento das eleições presidenciais, outro ponto da proposta.
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