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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Servidores terceirizados da UFMT paralisam atividades e cobram salários e melhores condições de trabalho

Foto: Da Assessoria

Servidores terceirizados da UFMT paralisam atividades e cobram salários e melhores condições de trabalho
Sob ameaças frequentes de demissão, recusa de atestados médicos, assédio moral e atraso no salário, pelo menos 400 trabalhadores terceirizados que atuam no setor de serviços gerais e limpeza da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), paralisaram suas atividades nesta segunda-feira, 22.  Cerca de 200 deles estão reunidos na sede do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativos da instituição (Sintuf) e farão uma caminhada de protesto até a reitoria. Contratados pela empresa Luppa, do ex-vereador Delcimar Silva, os servidores discutirão no final da tarde de hoje a possibilidade de continuidade da greve.


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De acordo com a assessoria de imprensa da  Associação dos Docentes (Adufmat), parte deles manteve seus trabalhos por medo de perder o emprego ou de cortes no salário. A empresa garantiu que realizaria o pagamento do último mês até às 10h30 de hoje, mas até o momento ninguém confirmou o recebimento. “A representante da empresa nos procurou com um holerite, um recibo para a gente assinar. Muitos assinaram, mas ninguém recebeu o salário. Estavam dizendo que quem não assinasse seria demitido. Eles sempre trazem documentos, nos fazem assinar, e os papeis não tem data”, reforçou uma trabalhadora que pediu para não ser identificada.
 
Como estariam sofrendo retaliações por parte dos supervisores e representantes da empresa, muitos trabalhadores pediram para manter seus nomes resguardados e as fotos não divulgadas, mas relataram diversas situações de descaso e desrespeito.“Nós trabalhamos durante todos os feriados, natal e ano novo, e não recebemos o vale refeição. Carnaval, a mesma coisa, e não tivemos reembolso. Não temos informação ou posição sobre nada. Se reclamamos somos ameaçadas de demissão por justa causa”, disse um grupo de trabalhadores.
 
Os funcionários denunciaram ainda que manuseiam produtos químicos perigosos sem os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Prometeram que nos trariam o cartão transporte ontem e não cumpriram, muitas de nós tiveram que ir embora a pé. Eles não respeitam os trabalhadores, muitas vezes nos entregam uniformes usados, inclusive rasgados, botas com numerações diferentes entre cada pé.”
 
Segundo a coordenadora geral do Sintuf, Leia de Souza Oliveira, a administração da UFMT agiu somente após uma pressão conjunta entre o sindicato, a Associação dos Docentes (Adufmat), Diretório dos Estudantes (DCE), e os próprios trabalhadores organizados, exigindo que a empresa efetuasse o pagamento dos trabalhadores em 24 horas. Além disso, a administração superior da universidade afirmou que iniciou os procedimentos para rescisão contratual com a Luppa.
 
Para o presidente da Adufmat, Reginaldo Araújo, a administração da UFMT e a empresa devem responder juntas pela situação. “Isso tudo é culpa da empresa, sem dúvidas. Mas a UFMT tem obrigação de tomar providências diante de tudo isso.”

O estudante Lucas Camargo explica que por esse motivo as entidades que representam os técnicos administrativos, docentes e alunos da Universidade encamparam a luta e respondem agora pelos terceirizados. “Estamos juntos. Essa é uma luta da classe trabalhadora, e não apenas dos terceirizados.”

Procurado, o proprietário da empresa Deucimar Silva, disse já ter efetuado o pagamento e acusou o Sintuf de estar tumultuando a situação em nome de questões políticas da Universidade. "A UFMT não nos paga há três meses, por isso aconteceu um atraso, que já foi regularizado. O Sintuf e alguns estudantes estão sobrepondo outra categoria, já que não representam oficialmente estes trabalhadores." 

Com relação a falta de material adequado para os funcionionários, ele disse ser mentira do Sindicato. "Nossa empresa presta serviços em todo o Estado. Como poderíamos fazer isso sem material? Como os alunos da UFMT estariam frequentando as aulas, ou como os funcionários estariam trabalhando se não fosse tudo adequado? Há fiscalização que comprova isso". 

Em nota, ele disse que a informação parcial disseminada pelo SINTUF não se ateve ao posicionamento da empresa frente aos fatos, já esclarecendo que a razão do atraso salarial somente dos empregados junto ao Campus UFMT é fruto e consequência da falta de repasse/pagamento contratual por parte do Governo Federal/UFMT por período. 

Confira a íntegra da nota:

A empresa LUPPA Administradora de Serviços e Representações Comerciais LTDA., presente há 22 anos em Cuiabá e diversos Municípios do Estado, vem ao público esclarecer acerca dos inverídicos fatos veiculados pela SINTUF na imprensa cuiabana. A empresa  em comento sempre pagou os seus trabalhadores em dia, respeitando todos os seus direitos trabalhistas. Dentro da premissa de ser digno o trabalhador de seu salário!!!
        
É verdade que hoje os empregados da LUPPA lotados na UFMT - Campus Cuiabá estão com os seus salários um pouco atrasado, mas os outros campi da UFMT no interior estão em dia, isso é verdade.

A informação parcial disseminada pelo SINTUF não se ateve ao posicionamento da empresa frente aos fatos, já esclarecendo que a razão do atraso salarial somente dos empregados junto ao Campus UFMT é fruto e consequência da falta de repasse/pagamento contratual por parte do Governo Federal/UFMT por período extenso. Neste termos a empresa muito já se manifestou junto a administração da contratante UFMT para que cumpra com seus compromissos contratuais, efetuando o pagamento como predispõe o pactuado.

O sindicato que representa a classe dos trabalhadores é o SEEAC (Sindicato dos Empregados de Empresa Terceirizadas de Asseio, Conservação e locação de Mão de Obra) que também tem pleno conhecimento da atual situação delicada que se encontra a empresa terceirizadora pela falta do pagamento da UFMT.
        
        A empresa LUPPA já havia notificado o Sindicato da Categoria que é o SEEAC/MT, que os salários poderiam atrasar, dentro dos termos convencionados e legalmente fundamentados por cláusula de Convenção Coletiva do Trabalho do sindicato respectivo. 

Quanto as suspeitas informações de que a empresa Luppa não fornece alimentação é inadmissível, inaceitável visto que os direitos trabalhistas passam por rigorosas fiscalizações do tomador de serviços em cumprimento contratual, e não há nenhuma pendência nesse sentido. Da mesma forma os uniformes e equipamentos de proteções individuais são fornecidos individualmente a todos os trabalhadores, em suas totais condições de uso.

Informamos por este que a empresa Luppa já efetuou o pagamento salarial com devido depósito em conta.  

        Oportuno destacar que muito nos estranha as informações veiculadas pelo SINTUF, e sua forma parcial de se ingerir, sabendo que o sindicato responsável e que verdadeiramente sabe das reais condições do contrato, e que representa a classe é o SEEAC/MT. Esclarecemos  ainda que a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso passa neste momento por novas eleições para a sua Reitoria, sendo notório que qualquer informação que deprecie a atual administração, manifesta equivocadamente em extrema gravidade, a vista de se valer de cunho político.
 
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