O cabo da Polícia Militar que atirou no peito de um trabalhador do resort Malai Manso, em Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá), foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e um soldado também envolvido irá responder por crime de prevaricação (crime funcional que consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício). Esse é o resultado de inquérito militar instaurado pela Corregedoria da Instituição após o episódio.
A ação foi registrada durante a madrugada de 10 de setembro de 2015. Um dia após a ação, os dois militares – lotados na 1ª Companhia Independente da Polícia Militar – foram afastados. No entanto, conforme assessoria do órgão informou na manhã de hoje, 3, os dois homens já voltaram a exercer as atividades normalmente no policiamento ostensivo.
O Histórico
Uma equipe da Polícia Militar foi acionada para se deslocar até o local de construção do empreendimento em decorrência de uma confusão entre operários. Reforço teria sido acionado para se deslocar até a região, supostamente, depois de um grupo ter tentado
atacar a equipe.
Em um vídeo gravado pelos operários, é possível identificar que os policiais estão em um dos alojamentos prendendo um homem. Na sequência, enquanto um dos militares algema o suspeito, o outro segura a espingarda calibre 12, que foi a arma que matou o outro trabalhador envolvido na confusão.
Enquanto o homem é levado para a viatura, os outros operários protestam e xingam os policiais. Momentos depois é possível ouvir dois disparos feitos pelos militares (o vídeo mostra o chão neste ponto). Neste instante, os trabalhadores percebem que o colega foi atingido e se revoltam com a situação: “Matou o cara, Matou o cara”, grita um deles.
Na sequência, é possível ver o corpo do homem já caído e aparentemente sem vida. Logo depois, os policiais entram na viatura e saem em alta velocidade do local. Várias pessoas se amontoam perto do operário atingido e mais nada é mostrado após isto. O vídeo contradiz as informações iniciais de que os militares estavam sendo atacados e, por isso, teriam reagido. Revoltados, após o episódio, os trabalhadores atearam fogo em alguns dos alojamentos.
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