O palco não será o usual, mas o adeus será à altura. Neste domingo, o maior líbero da história encerra uma trajetória de conquistas à frente da seleção brasileira de vôlei. Campeão olímpico nos Jogos do Rio, Serginho fará sua despedida com a camisa do Brasil contra Portugal, às 10h (de Brasília), no estádio Mané Garrincha, na capital federal. A partida é o segundo amistoso entre as duas seleções: neste sábado, a equipe da casa venceu o time português na Arena da Baixada, em Curitiba.

Na capital paranaense, a seleção atraiu um público de 35 mil pessoas à Arena da Baixada, maior público do ano. Para o jogo deste domingo, segundo a última parcial oficial, 35 mil ingressos já foram vendidos.

A conquista dos Jogos do Rio deu a Serginho, de 40 anos, seu segundo ouro olímpico. Antes, também havia sido campeão em Atenas 2004. Além deles, também soma duas pratas no currículo, em Pequim 2008 e Londres 2012. O líder de toda uma geração se despede com as honras de um herói: o líbero agora ocupa o posto de maior medalhista de esporte coletivo da história do Brasil. Deixou Rodrigão, Dante, Giba, Fofão, Ricardo e Emanuel para trás.

- Não encaro como o último, não. É mais um jogo e só vou me divertir, igual me divertir hoje. A emoção é a mesma de sempre - declarou o líbero no embarque para Brasília.

No adeus de Serginho, a seleção perde sua maior referência. Bruninho, companheiro do líbero há anos na seleção, falou da honra de ter feito parte da caminhada do amigo na equipe.

- Hoje, quando ele entrou na quadra, fiquei bem arrepiado, emocionado por tudo o que ele passou na carreira. É uma inspiração para gente. Sempre tive ao lado dele na seleção, é um grande amigo, grande exemplo. O legado que deixa é o mais importante. Vai voltar para casa dele e torcer pela gente. Sou muito feliz e honrado de ter tido tantos anos ao lado dele - disse ao SporTV.