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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Vídeo mostra assassinato a tiros dentro do aeroporto de Porto Alegre

Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o momento em que Marlon Roldão Soares foi assassinado a tiros dentro do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre(veja acima). O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), dia em que a vítima completava 18 anos, e a polícia tem suspeitos.


As imagens mostram a movimentação de um grupo que deixa a praça de alimentação e vai até a frente de um dos portões de embarque do terminal 2 do Salgado Filho. Lá, eles disparam vários tiros contra Marlon, mesmo depois que a vítima já estava no chão. Depois, fogem em direção ao pátio e entram um carro conduzido por um comparsa.

Para o delegado Adriano Melgaço, responsável pelo caso, o crime tem características de execução. A vítima foi identificada como Marlon Roldão Soares, que comemorava 18 anos nesta segunda. Ele não tinha antecedentes criminais, ainda segundo a polícia.

"Já temos alguns suspeitos do crime. Estamos trabalhando para colher mais informações, confirmar as identificações deles e fazer buscas para prendê-los", completa. Melgaço detalha como foi a abordagem ao jovem. "Os dois indivíduos simplesmente chegaram, abordaram e atiraram contra a vítima. Os disparos foram à queima-roupa”, disse ao G1.

Marlon foi atingido por pelo menos 15 disparos. Em seguida, a dupla fugiu em um veículo Chevrolet Cobalt prata. O carro foi encontrado próximo ao aeroporto e agora passará por perícia.

O jovem foi ao aeroporto com familiares para acompanhar um amigo que iria viajar. No mesmo horário, torcedores do Grêmio e jornalistas aguardavam o desembarque do novo treinador do Grêmio, Renato Portaluppi, que chegou de um voo do Rio de Janeiro. Por isso, a movimentação era intensa.

O pai da vítima, que acompanhava o filho e o amigo, foi até a delegacia que fica no local para prestar depoimento.

O delegado Gabriel Bicca, que atendeu a ocorrência no aeroporto, relata que o pai do jovem suspeita que o crime tenha sido por motivado por ciúmes do relacionamento do filho com uma jovem.

"O crime tem característica de execução, já que os tiros foram à queima-roupa", acrescentou Bicca ao G1.

Após o assassinato, o local foi isolado para o trabalho da perícia e da Polícia Civil. De acordo com a Infraero, as operações não chegaram a ser suspensas, apesar do crime. Em nota, a empresa também informou que vai colaborar com a investigação da polícia. "O assassinato ocorreu em área pública do aeroporto, onde a responsabilidade pela segurança é da Polícia Militar, conforme o Programa Nacional de Segurança Civil contra Atos de Interferência Ilícita", observou a Infraero na nota.

A Brigada Militar classificou, em nota, como "equívoco" a interpretação do decreto, citado pela Infraero em nota. "O artigo 12 demonstra claramente que a principal responsabilidade pela segurança nos aeroportos cabe à Polícia Federal. O artigo 13 elucida que as funções de polícia judiciária e ostensiva para preservação da ordem pública podem ser executadas pelos órgãos estaduais, por meio de convênio."

A corporação informou que não existe nenhum convênio entre o Estado do Rio Grande do Sul, Brigada Militar e Infraero.

"Cabe, ainda, diferenciar que o crime ocorreu em área interna, de acesso e circulação de público, porém particular. Seria o mesmo que cobrar da Brigada Militar e do estado do Rio Grande do Sul policiamento em áreas internas de shoppings ou supermercados. A Infraero deve ter conhecimento a respeito da áreas de utilização pública de suas dependências e de suas responsabilidades para não confundir o cidadão como se fosse uma área de administração pública."

A Polícia Federal informou que é responsável pela segurança da aviação civil no aeroporto. "A Polícia Federal é a polícia aeroportuária e atuará nos casos que envolvam a segurança da aviação civil. O que ocorreu hoje é homicídio e atribuiçao é da Polícia Civil, mesmo que fosse em área restrita seria atribuição da Polícia Civil. PF atua em crimes contra a União", informou a Polícia Federal em nota.

Ainda segundo o órgão, a segurança do saguão não é atribuição da Polícia Federal, se não houver "repercussão na aviação civil".

 
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