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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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conflito no cárcere

Agente sofre atentado em vingança por morte de membro do PCC em MT, denuncia Sindicato

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Agente sofre atentado em vingança por morte de membro do PCC em MT, denuncia Sindicato
Membros do Comando Vermelho teriam promovido um ataque contra um agente penitenciário da Cadeia Pùblica de Barra do Garças na última terça-feira (10), segundo informações do Sindicato dos Servidopres Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen-MT). 


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O presidente do Sindispen, João Batista, contou ao Olhar Direto que integrantes da facção criminosa teriam ligado para o presídio e determinado que se a direção da penitenciária não liberasse membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos agentes que trabalham no presídio seria morto pelo grupo. João Batista contou que este agente já tinha sofrido ameaças anteriormente. 

O acirramento do conflito entre as duas facções em Mato Grosso começou quando um integrante do PCC esquartejou um colega de cela, integrando do Comando, na Penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa. O crime ocorreu na madrugada do dia 21 de novembro do ano passado. Na ocasião, o Sindpen-MT já havia denunciado que se tratava de um conflito de facções. Por conta do homicídio, o preso foi transferido para Barra do Garças, onde a tensão teria aumentado.  

A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos nega o ocorrido. De acordo com a Sejudh, este tipo de ameaça é uma questão recorrente e não tem nenhuma ligação com o conflito nacional. O órgão alegou que as informações repassadas pelo sindicato são equivocadas, mas confirmou que o homicídio na cadeia em Água Boa ocorreu há dois meses. 

Cuidado redobrado

O representante do Sindispen também contou que por conta da ameaça de conflito entre as facções os agentes penitenciários tem redobrado as revistas no presídio. No início do mês, agentes penitenciários encontraram 200 aparelhos celulares na Penitenciária Central do Esatado (PCE), em Cuiabá.

O trabalho, segundo o sindicato, está sendo feito nas 58 unidades, tanto por determinação do Estado quanto por questões internas das diretorias dos presídios. Segundo ele, o serviço redobrado é ainda mais complexo por conta do número reduzido de agentes, uma vez que 25% das unidades tem apenas três servidores reponsáveis por cerca de 100 presidiários.   

A Sejudh relatou, no entanto, que as revistas fazem parte do Procedimento Operacional Padrão (POP) dos agentes, sem nenhuma excepcionalidade no processo. Segundo o órgão, Mato Grosso é um dos estados com possibilidade de conflitos, conforme determinação do Ministério da Justiça. Até aqui, no entanto, o trabalho em conjunto feito pelas forças de segurança não evidenciou nenhuma ameaça.

“Não há registros”

Na última segunda-feira (09), secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas foram a pública negar informações de conflitos em presídios. Eles afirmaram que não há qualquer registro de interceptações telefônicas de detentos planejando ataques a unidades prisionais.

“Foram feitas consultas na Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal em Brasília e junto à Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, e não foi reportada a existência dessa notícia”, relatou o superintendente da Polícia Federal, acompanhado do delegado federal, Sérgio Sadao Mori, responsável pela divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado.
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