O pecuarista Allan Carlos, tio do menino A., de seis anos, que se afogou após cair na piscina de um hotel, em Campo Novo do Parecis (444 km de Cuiabá), disse – em entrevista ao Olhar Direto – que ainda está tentando entender o que aconteceu: “Estamos meio atordoados”. Ele contou que antes do fato, ainda havia conversado com a criança: “Ele disse que não queria entrar na piscina porque estava frio”.

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“Nós estávamos viajando, de férias e ele estava brincando no saguão com a minha esposa. Deve ter passado e saído para a piscina. Ainda estamos tentando entender. Os policiais foram muito eficientes, temos muito a agradecer. Estamos tentando resgatar alguma coisa de imagem para saber de fato como se deu isto. Tem muita gente falando coisa que não sabe na internet”, disse o tio da criança.
 
Por enquanto, o menino segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Cuiabá: “É o procedimento padrão. Ele permanece sedado pelo prazo de 48 horas, amanhã devemos saber se tem alguma novidade. O quadro está inalterado, mas ainda não consegui ir até o hospital por conta do horário de visita”.
 
“Ele sempre foi muito obediente, tranquilo. Sinceramente, não entendemos. Ele tinha passado na piscina ontem e conversamos com ele. Perguntamos se queria entrar e ele disse que não, porque estava frio e a água um pouco suja. É difícil de entender”, finalizou o pecuarista.
 
O caso
 
Policiais militares conseguiram reanimar uma criança de seis anos, após ela se afogar em uma piscina em um hotel que fica próximo ao batalhão. Segundo relato dos próprios militares que atenderam a ocorrência, a criança estava hospedada no hotel com os tios e em um momento de descuido acabou caindo. O acidente foi registrado em Campo Novo dos Parecis, na última terça-feira (17).
 
Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o cabo Gerson Evangelista Machado contou como foi o resgate. “Estávamos efetuando patrulhamento na cidade e paramos na base para ir ao banheiro. Neste momento, chegou um funcionário do hotel pedindo por socorro, dizendo que uma criança havia se afogado na piscina. Quando chegamos, ela estava inconsciente e roxa. Havia ficado uns cinco minutos debaixo d'água”.
 
“Começamos a dar os primeiros atendimentos, com respiração boca a boca e foi retornando a cor e ela começou a expelir água. Depois disto, chegou uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que assumiu e depois encaminhou a vítima para o hospital”, completou o cabo.
 
Evangelista teve o auxílio de mais sete companheiros de farda, são eles: Cabo Leite, SD Tawie, SD Jardim, SD Renan Silva, SD Soares, SD Castro e SD Vinhas.