O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou que mesmo após a recusa de Neri Geller em ser secretário, continua a negociar com o Partido Progressista qual será o espaço da legenda na administração do Estado nesta segunda metade do mandato, em que o Paiaguás busca uma maior robustez política na administração, em consonância com o perfil técnico escolhido no início do governo.

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Taques garante que o PP ainda está no governo, desde a eleição, e afirma que o diálogo não está focado em quem será o escolhido para ser secretário. “Nós estamos conversando com o PP independente de nomes, conversamos com o PP institucionalmente com o ministro [Blairo} Maggi, com o deputado Ezequiel. O PP não vai entrar no governo, ele já é governo. Ezequiel é um grande companheiro que nos ajudou em 2014”.
 
Além disso, Taques confirmou que os diálogos com o PSD estão avançados para que o ex-vereador de Cuiabá Domingos Sávio (PSD) assuma a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec). “Nós estamos conversando, já conversamos inclusive com o Domingos Sávio”, afirmou o governador.
 
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi convidado para assumir a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e afirmou que prefere manter as atribuições atuais no Ministério da Agricultura. Geller passou a decisão para o presidente do Diretório do PP, deputado Ezequiel Fonseca.

“Creio que não tem como assumir a secretaria em Mato Grosso, porque sou mais útil para o Brasil e, principalmente para Mato Grosso, no MAPA”, argumentou ele, por telefone, em entrevista à reportagem do Olhar Direto nesta semana.
 
“Sem dúvida, a conversa boa com governador Pedro Taques foi muito boa. O presidente Ezequiel também participou. Não! Eu não descartei, ainda, mas é difícil sair do ministério”, justificou, lembrando a amplitude da missão e a confiança de Maggi.
 
Neri Geller é oriundo do agronegócio, em Lucas do Rio Verde. Ele foi deputado federal e ministro da Agricultura, no governo da presidente Dilma Rousseff. Conhece os meandros do MAPA como poucos e, nos primeiros meses de Maggi à frente da pasta, foi considerado essencial para apresentar o “caminho do atalho” ao novo ministro, que assumiu em julho, com a posse do presidente Michel Temer (PMDB).