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Sábado, 20 de abril de 2024

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Provável afogamento

Testemunha relata desespero de mato-grossense que morreu presa às ferragens de avião: “Pedia socorro”

Foto: Reprodução/Facebook

Testemunha relata desespero de mato-grossense que morreu presa às ferragens de avião: “Pedia socorro”
A jovem mato-grossense Maíra Panas, 23 anos, conseguiu sobreviver a queda da aeronave que levava cinco pessoas, entre elas o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na última quinta-feira (19), no litoral do Rio de Janeiro, mas ficou presa entre as ferragens e morreu, provavelmente, afogada. O relato foi feito por uma testemunha que chegou logo depois do acidente, que culminou na morte dos cinco passageiros.


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O empresário Elias Ramos, que tem um empreendimento na região, foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local: “Quando cheguei perto do avião, já vi a moça batendo na janela pedindo socorro. Tentamos salvá-la, mas infelizmente não deu tempo. Pelo vidro eu só vi a mão dela batendo. A gente a escutava dizendo: ‘socorro, socorro, me ajuda por favor’. Infelizmente, quando conseguimos passar com a mangueira de oxigênio, que fizemos um buraco na fuselagem, já não deu mais tempo”, disse em entrevista à Globo News.
 
Elias ainda contou que “pedimos calma para ela, quando conseguimos passar a mangueira, já não houve resposta. Tentamos arrancar a porta de acesso, até com a embarcação, mas não deu. Também tentamos levantar o avião, mas sem sucesso”, finalizou o rapaz, que disse apenas ter sentido um cheiro forte de combustível.
 
Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, a tia de Maíra, Rose Panas, também lamentou o sofrimento: “Nós ficamos sabendo que a minha sobrinha não morreu na queda da aeronave, mas provavelmente afogada. Tentaram salvar, mas não conseguiram. É muito triste, ninguém acredita, não caiu a ficha”.
 
Todos os ocupantes da aeronave já foram retirados e os corpos enviados ao Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis (RJ). Os passageiros foram todos identificados, são eles: Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal; Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, empresário; Osmar Rodrigues, piloto do avião; Maira Lidiane Panas Helatczuk, massoterapeuta de Filgueiras e Maria Ilda Panas, mãe de Maira.
 
Como já havia adiantado o Olhar Direto, mãe e filha foram convidadas por Carlos Alberto para um fim de semana, em Paraty (RJ). “O Grupo Emiliano registra seus sentimentos e condolências para a família e amigos. E informa que está prestando apoio e informações aos familiares”.
 
“Eu falei com o meu cunhado que mora em Juína, sou de Maringá (PR), ele tinha conversado com os bombeiros que estavam no local e eles confirmaram que era a minha irmã e minha sobrinha. A Maíra tinha ganhado uma viagem do Carlos Alberto, dono do hotel Emiliano [em que ela trabalhava] e estava levando a mãe para conhecer o litoral”, disse Rose Panas.
 
Maria Hilda morava em Juína, onde trabalhava como coordenadora de uma escola. Ela era professora e tinha pelo menos duas pós-graduações. A mulher de 55 anos nasceu em Guarapuava (PR). Já Maíra nasceu em Juína e estava morando no estado de São Paulo. Ela atuava como fisioterapeuta de uma rede de hotéis. Ainda não há informação de onde acontecerá o velório e o sepultamento: “Isso é a filha da minha irmã que vai decidir”.
 
O caso
 
Duas mato-grossenses, identificadas como Maria Hilda Panas e sua filha, Maíra Panas, podem estar entre as vítimas do acidente aéreo que matou o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que caiu na tarde da última quinta-feira (19), no litoral Sul do Rio de Janeiro. O avião prefixo PR-SOM era um modelo Hawker Beechcraft King Air C90 e pertencia ao grupo Emiliano Empreendimentos.
 
Segundo a assessoria de comunicação da Infraero, a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, e caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto da cidade fluminense. O avião é de pequeno porte e tem capacidade para oito pessoas. Além dos já citados, também estavam no voo o piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos e o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras.
 
O documento da aeronave estava regular, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). O certificado era válido até abril de 2022, e inspeção da manutenção (anual) válida até abril de 2017. A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que tomou conhecimento da queda de uma aeronave na altura da Ilha Rasa por volta das 13h45 desta quinta-feira.
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