Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cidades

violência

Após mais de um mês, Polícia de SP ainda não finalizou inquérito que apura morte brutal de mato-grossense

Foto: Reprodução

Após mais de um mês, Polícia de SP ainda não finalizou inquérito que apura morte brutal de mato-grossense
Pouco mais de um mês após o assassinato brutal da mato-grossense Débora Soriano de Melo, 23, a Polícia Civil de São Paulo, onde o crime foi cometido, ainda aguarda a conclusão dos laudos necroscópicos e sexológicos para finalizar inquérito. A jovem, militante feminista, foi morta por Willy Gorayeb Liger, de 29 anos, com golpes de taco de beisebol na cabeça, no dia 14 de dezembro. De acordo com Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP – SP) ele já havia sido condenado a 12 anos de prisão pelo roubo e estupro de uma jovem de 19 anos, no ano de 2009, também no Estado.


Leia mais:
Carta Capital destaca assassinato de militante feminista de MT em bar de São Paulo
 
A suspeita é de que Débora também tenha sido estuprada por Willy, já que seu corpo foi encontrado com hematomas nas partes íntimas e com a roupa levantada. Ao Olhar Direto, a Secretaria informou que ele já era procurado e foi detido no dia 23 de dezembro pela Polícia Civil da Bahia, com quem os policiais vêm mantendo contato a respeito do caso. As investigações, conduzidas pelos profissionais da 18º Distrito Policial do bairro da Mooca, têm prazo oficial de 50 dias para serem encerradas.
 
Em depoimento, ele disse que estava consumindo cocaína com a vítima e que os dois começaram uma discussão porque a droga tinha acabado e a moça queria mais. A situação, no entanto, só será esclarecida com a divulgação dos resultados da perícia e dos exames. Além das análises sexológicas, também foram solicitados exames toxicológicos e subunguial.

A ocorrência foi registrada em um bar no bairro da Mooca, de propriedade de um primo de Willy e onde ele trabalhava como gerente. Na ocasião, o suspeito e Débora chegaram com outra garota e dois homens no local. Por volta das 9h30, o dono do estabelecimento foi até lá para retirar os engradados de cerveja da noite anterior e, encontrando o grupo lá, pediu que fossem embora. Por volta das 12h, Willy ligou para o primo e disse que havia “perdido a cabeça” e matado Débora dentro do bar.
 
O assassino ainda explicou que havia a golpeado com o taco de beisebol, pedindo ao primo que não abrisse o bar durante o dia porque ele queria “sumir com o corpo da vítima”. Já às 14h, o dono do bar ligou para um amigo Policial Civil e decidiram registrar o Boletim de Ocorrência. Quando os policiais chegaram ao bar, encontraram o corpo de Débora com hematomas nas partes íntimas, rosto e cabeça, além de fios enrolados no pescoço.
No local foram encontrados um bastão preto, ainda estava apoiado na grelha da churrasqueira, e os documentos da garota estavam escondidos dentro de uma mochila embaixo do balcão, atrás das caixas de cerveja. O caso ganhou repercussão nacional e foi destaque em veículos como a Revista Carta Capital e o site G1.
 
Débora era cacerense e vivia em São Paulo, onde estudou Processos Gerenciais na Faculdade Carlos Drummond de Andrade. Além de lutar pela causa feminista ela era evangélica e estava associada à União da Juventude Socialista (UJS) e União Brasileira de Mulheres (UBM).  Jovem deixou dois filhos. 
 
Prisão e manifestações na internet
 
Willy Gorayeb Liger, de 27 anos, foi preso no município de Ubaitaba, na região sul da Bahia e confessou ser o responsável pelo assassinato de Débora. Ele estava escondido na casa de parentes, mas foi denunciado por um primo, que acionou a polícia para realizar a prisão. "Ele relatou que entrou em luta corporal com ela e que a matou utilizando um taco de beisebol", disse ao G1 o delegado Evy Paternostro, titular da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coopin/Ilhéus), à época.  

Leia mais:
Preso na Bahia, homem confessa ter matado mato-grossense com taco de beisebol em SP

Em postagens no Facebook, integrantes da União Brasileira de Mulheres passaram a compartilhar a foto do assassino na tentativa de contribuir com sua prisão, comemorada por muitos na rede social. A situação também motivou a criação da hashtag#NenhumaDeboraAMenos”. "Descanse pois a luta continua e a culpa não é da vítima. A luta de nós mulheres é por ter a liberdade de dizer sim ou não, sem ser agredida ou morta por isso!
Mais uma mulher se vai e não tem o seu direito de ir e vir respeitado!", disse uma usuária. 

“... Não havia vínculo entre Willy e Débora. O ato de brutalidade e violência foi pelo simples prazer de matar.  Há possibilidade de que Willy tenha fugido para o estado da Bahia. Se alguém reconhecer ou foi vítima desse criminoso, procure o 18° DP Alto da Mooca ou ligue para o disque denúncia - 181. Débora tinha 23 anos, deixa dois filhos e um futuro de sonhos e possibilidades. Não nos calaremos e nem descansaremos até que Willy seja preso e punido”, diz trecho da postagem feita antes da detenção de Willy. 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet