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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Sargento da Policia Militar acusado de ameaçar jovem encontrado morto será ouvido em inquérito

Foto: Reprodução

Sargento da Policia Militar acusado de ameaçar jovem encontrado morto será ouvido em inquérito
O assassinato dos amigos Hugo Vinicius da Silva Salomé, 19, e João Vitor Alves de Oliveira, de 20 anos, será investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Cuiabá, onde o desaparecimento de ambos já era investigado. Agora, familiares das vítimas e policiais militares serão ouvidos no procedimento, conduzido pela delegada Sílvia Virginia. A apuração também terá seqüência na Corregedoria da Polícia Militar (PM).


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Os dois rapazes foram vistos com vida pela última vez ao serem abordados por um policial militar em uma viatura descaracterizada, no bairro São João Del Rey, em Cuiabá, no dia 9 de janeiro.  Na noite de quinta-feira, 19, seus cadáveres foram encontrados enterrados, dentro de sacos plásticos amarrados com fitas adesivas, na cidade de Santo Antônio do Leverger (34 km da Capital). Na manhã de hoje, familiares estiveram no Instituto Médico Legal para fazer o reconhecimento dos corpos.

De acordo com a Polícia Civil, os corpos foram encontrados cerca de 10 metros, na MT 040, próximo a localidade de Porto de Fora, região que dá acesso ao Distrito de Mimoso, em Barão de Melgaço. As vítimas foram enterradas em cova parcialmente rasa, descoberta com as chuvas. Moradores da localidade encontraram e acionaram a Polícia.

A família de João Vitor de Oliveira denunciou ainda à Corregedoria da Polícia Militar que ele havia sido ameaçado de morte por um sargento da Polícia Militar (PM). Recentemente, em entrevista ao Olhar Direto, a irmã de Hugo, Luzia Canette, relatou ter sido satirizada e ameaçada durante a procura pelos rapazes.“A PM ri da minha cara, do nosso desespero. Dizem que não procuramos meu irmão direito, por isso ele não foi encontrado.” Além do descaso, eles também se sentiam intimidados uma vez que viaturas da PM frequentemente tem rondado suas residências.

A ação da PM é classificada pelo advogado como ilegal, desde o início da abordagem, até a conduta adotada após a ação. “Eles foram algemados e agredidos sem motivo nenhum. Testemunhas os viram ser colocados na viatura descaracterizada, o que não pode acontecer. Se estivessem fazendo algo, o policial tinha que chamar outras viaturas com polícia fardada. Eles foram presos sem flagrante, sem crime. Tudo nessa ação foi ilegal. Isso é autoridade? A sensação que temos é de impunidade total.”

Os corpos, em estado avançado de decomposição, estavam dentro de sacos plásticos, enrolados com fitas adesivas, e foram levados para o IML, onde passaram por exames periciais para identificação da causa morte e coleta das digitais para identificação formal das vítimas. Agora, com a localização dos corpos, os possíveis suspeitos, denunciados pela família, serão ouvidos nas investigações. As investigações prosseguem pela DHPP, que somente irá se pronunciar sobre o caso, ao final das investigações.
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