Num momento em que o Brasil patina para sair da maior crise econômica de sua história, a supersafra agrícola deve contribuir para a balança comercial e, principalmente, para o reequilíbrio fiscal de Mato Grosso. A projeção partiu do governador José Pedro Taques (PSDB), ao fazer um breve comparativo sobre o árduo desempenho fiscal do ano passado com o que é projetado para 2017.

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Todavia, o chefe do Poder Executivo não fixou data para sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017 e confirmou que irá utilizar a prerrogativa do veto a parcela considerável das mais de 400 emendas parlamentares, aprovadas no Plenário Renê Barbour da Assembleia Legislativa. A equipe da Procuradoria Geral do Estado (PGE) deve concluir até a próxima sexta-feira (27) a avaliação das emendas, para emitir os pareceres necessários aos vetos.
 
“Estamos analisando com tranqüilidade as mais de 400 emendas e, sim, devem ocorrer vetos. Os parlamentares têm legitimidade para apresentarem emendas à Lei Orçamentária. E o governador tem a prerrogativa de vetar ou não”, afirmou ele, para a reportagem do Olhar Direto, após visita a obras, ao lado da prefeita Thelma de Pimentel Oliveira (PSDB), prefeita de Chapada dos Guimarães.
 
Independente da dureza prevista na LOA, Pedro Taques entende que 2017, sem dúvida, será bem melhor que o exercício anterior. “Este ano será bem melhor que 2016. Confesso que estou otimista. Em especial do ponto de vista de fluxo de caixa. Há previsão de novos investimentos do Estado e, por isso, estou bastante otimista”, assegurou o governador.
  
Pedro Taques confia muito no desempenho do agronegócio, com previsão de uma safra de grãos muito acima da anterior. “Em razão da supersafra que teremos, neste ano, a perspectiva é de uma movimentação muito forte, na economia de Mato Grosso. E as pessoas pagam mais impostos, o que significa mais recursos na Fonte [100] do Estado. Temos condições de concretizar os nossos sonhos”, pontuou Taques.
 
Mesmo que haja vetos à LOA, Pedro Taques não crê que isso possa interferir na tramitação da quarta etapa da reforma administrativa, no Poder Legislativo. “Nós  já fizemos três reformas e, agora, estamos dando o último alinhamento para o que nós entendemos ser próximo do ideal para o tamanho do Estado”, argumentou o chefe do Poder Executivo.

O governador não quis antecipar sobre fusão e extinção de emrpesas e secretarias de Estado. “Então, teremos um Estado mais estratégico, mais cerebral, menos braço, menos pernas. É o nosso objetivo. Em verdade, as reformas mais significativas já foram feitas”, completou Taques.
 
É certo que a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) passará a se chamar de Secretaria de Administração Penitenciária. A parte de Direitos Humanos vai para a atual Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas). A Companhia de Mineração (Metamat) será mantida, embora com um foco diferente, voltado à indução da pesquisa e do desenvolvimento.