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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Governador lamenta e revela que não há nenhuma empresa interessada na Arena Pantanal

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Governador lamenta e revela que não há nenhuma empresa interessada na Arena Pantanal
O governador Pedro Taques (PSDB) fez uma revelação, em tom de lamento, no último sábado (28), durante a Caravana da Transformação, que aconteceu em Jaciara (144 km de Cuiabá). Segundo o chefe do Executivo, nenhuma empresa se interessou em administrar a Arena Pantanal até o momento. O tucano ainda explica que não é função do estado gerir o complexo, que ainda está inacabado e com as obras judicializadas.


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“O grande problema do pós-Copa é o que fazer com as Arenas. Veja como está o Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), que tem um grande volume de jogos. Não recebemos a obra – ajuizamos ação judicial porque ela não foi acabada. Precisaríamos de R$ 700 mil para manter. O ideal seria passar para a administração da iniciativa privada, mas não temos nenhuma interessada”, explicou o governador.
 
Taques ainda acrescenta que é preciso de um grande número de eventos para sustentar a Arena Pantanal: “Não é só futebol, Precisamos de vários eventos. Em todas as edições do ‘Vem Pra Arena’, ano passado, tivemos 350 mil pessoas. A função do Estado não é administrar o complexo”.
 
Arena da Educação
 
O secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, anunciou na semana passada o projeto “Arena da Educação”, que transformará a Arena Pantanal no primeiro estádio-escola de Mato Grosso, iniciativa que será realizada a partir da reutilização de parte da estrutura da praça esportiva.
 
O secretário explica que o projeto é inspirado no Ginásio Experimental Olímpico do Rio de Janeiro, onde os alunos que têm aptidão para o esporte são direcionados e recebem incentivos e estrutura para que desenvolvam suas habilidades em diversas modalidades olímpicas.
 
Marrafon destacou que a Arena Pantanal possui todos os equipamentos necessários para fazer uma escola de tempo integral, vocacionada ao esporte. No local, há 75 salas disponíveis, que serão transformadas, gradativamente, em salas de aula.
 
Arena Pantanal
 
Na semana passada, a Arena Pantanal voltou a ser destaque negativo na imprensa nacional. Uma reportagem exibida no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, mostrou a atual situação de todas as sedes do Mundial e destacou que a praça esportiva mato-grossense teve apenas 3% de ocupação no último ano e ainda não está completa.
 
A reportagem explica que sete dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 tiveram ocupação menor do que 30%. A Arena das Dunas, teve 18% de ocupação, a de Pernambuco ficou com 16%, a da Amazônia com 13% e a Arena Pantanal com apenas 3%. O levantamento apontou ainda que 70% dos lugares ficaram vazios nas praças esportivas, no ano passado.
 
Recentemente, a assessoria de imprensa da Secretaria de Cidades (Secid) informou ao Olhar Direto que “não há previsão para que as obras da Arena Pantanal sejam retomadas, tendo em vista que o contrato com a empresa Mendes Junior encontra-se judicializado”. Além disto, foi informado que há uma “busca por negociações junto à empresa, bem como com o Consórcio VLT”.
 
“Em relação ao certificado LEED, a Secretaria de Cidades busca, junto ao BNDES prorrogar o prazo. O processo ainda está em fase de negociações, sem nada definido”, finaliza a assessoria. A certificação é para construções sustentáveis, concebida e concedida pela Organização não Governamental Americana U.S. Green Building Council (USGBC). Ela é utilizada em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.
 
Com o certificado, é aplicada a taxa de juros de longo prazo do BNDES (TJLP), que está em 7,5% ao ano, mais 1,9% ao ano. Porém, sem a certificação Leed, o Executivo teria de pagar o empréstimo com uma taxa de juros aplicada a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que está em 14,25% ano e mais 1% ao ano. “Isso implicaria um custo extraordinariamente maior para o Estado”, explica o conselheiro substituto do TCE, João Batista.
 
Sem o certificado, os juros do financiamento de R$ 393 milhões vão passar de 7,5% ao ano, mais 1,9% ao ano para 14,25% ano e mais 1% ao ano. Ao todo, o estádio – que chegou a ser interditado - custou mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. (Com áudio do Enviado Especial a Jaciara - Ronaldo Pacheco)
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