Alvo permanente de críticas num passado recente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) passou a ser exemplo de eficiência e o seu comando não deve ser entregue à sanha dos partidos aliados. A avaliação partiu dos analistas políticos, professor Pedro Pinto de Oliveira, e do ex-senador e radialista Antero Paes de Barros, em programa da Rádio Capital FM.
 
Sob o comando do vice-governador Carlos Favaro (PSD), a SEMA reduziu de 450 para menos de 180 dias o prazo médio para concessão de licenças ambientais. “Se fosse ouvido, diria que o governador Pedro Taques tem bons motivos para não colocar a SEMA no apetite dos partidos e manter Fávaro à frente do órgão”, avaliou Pedro Pinto, doutor em jornalismo e ex-secretário de Estado de Comunicação e de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá.
 
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“Pedro Taques possui pelo menos dois bons motivos: o primeiro é o embate do governo com Ministério Público sobre a Reserva Ricardo Franco. Fávaro possui estatura política como o vice-governador à frente da Sema, para impor respeito”, projetou o doutor em jornalismo.

“E, segundo, já que Taques é ligado a números e estatísticas, basta analisar a gestão do vice-governador Carlos Favaro, na Secretaria de Meio Ambiente. E todos os números e ações melhoraram bastante, se comparado com o período anterior”, definiu Pedro Pinto.
 
Antero de Barros entende que Pedro Taques deseja a permanência de Favaro à frente da Sema, mas sofre pressão dos partidos aliados.
 
Pedro Pinto anunciou que, em fevereiro, graças à articulação de Fávaro com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), junto ao reitor em exercício Evandro Soares, acontecerá a vinculação do Instituto de Pesquisa do Pantanal ao governo estadual. “É certo que o próprio ministro Gilberto Kassab [de Ciência e Tecnologia] vira a Cuiabá para consolidar o projeto”, anunciou Pedro Pinto.
 
“O governador tem bons motivos para manter o vice-governador à frente da SEMA. É a decisão mais acertada. A briga pelo cargo surgiu porque o próprio governador, equivocadamente, na posse da Acrimat, chegou a dizer que Carlos Fávaro sairia em março”, ponderou Paes de Barros. “A manutenção de Fávaro é correção de rumos do governo, na Sema”, completou Antero.
 
O Instituto

O Instituto de Pesquisa do Pantanal vai ser implantado, de forma independente, em fevereiro de 2017, em Cuiabá, com a presença do ministro Gilberto Kassab, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Até mesmo a presença do presidente Michel Temer (PMDB) vem sendo articulada.
  
O vice-governador pontuou a disposição do governo em auxiliar em questões que vão ao encontro das necessidades da sociedade, bem como que venham contribuir para o desenvolvimento do Estado. “O Instituto é patrimônio da humanidade e trará pesquisas de direcionamentos para o nosso Pantanal”, definiu Fávaro.
 
O INPP foi inaugurado em setembro de 2013 e desenvolve atividades de pesquisa e pós-graduação. O Instituto ainda é ligado à base avançada do Museu Paraense Emílio Goeldi, apesar de ter sede no campus da UFMT. O INPP é um núcleo fundamental de formação de conhecimento científico e de estudo sobre a biodiversidade e a realidade sociocultural formada em meio a maior planície alagada do mundo.